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Emanuel Figueiredo, advogado do ex-governador de Mato Grosso, Pedro Taques.
O advogado do ex-governador de Mato Grosso Pedro Taques, Emanuel Figueiredo, afirmou na tarde desta quarta (06.11) que o coronel Zaqueu Barbosa se contradisse em depoimentos prestados à Força Tarefa da Grampolândia – no Complexo Judiciário Miranda Reis, ou ao Conselho que julga a Ação Penal Militar (APM), que apura o envolvimento de cinco militares no esquema de grampos ilegais em Mato Grosso.
Além de Zaqueu, respondem pela APM: coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco, coronel Ronelson Jorge de Barros, tenente coronel Januário Edwirges Batista e o cabo da Polícia Militar Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior.
“O coronel Zaqueu em momento algum disse que o ex-governador mandou destruir a placa que ele confessou, e como ele vai ao Complexo Judiciário da Miranda Reis agora, depois de dois anos, e diz: ‘ah eu estive sozinho com o ex-governador’, coisa que jamais aconteceria, porque ele na hierarquia, segundo escalão, o então governador nunca atendeu pessoas sozinhas do segundo escalão, sempre atendia com o seu superior. Ele disse que teve uma reunião só, e que Pedro Taques teria determinado que ele destruísse as placas. Mas agora na Miranda Reis, ele vem trazer esse fato, ou seja, ele mentiu aonde, na Mirando Reis ou ele mentiu aqui perante o Conselho? indagou o advogado.
De acordo com o advogado, o único depoimento que teve versões diferentes até o momento é do coronel Zaqueu. “O coronel Lesco disse que ele foi informado pelo coronel Zaqueu, e essa é a versão dele. O importante é que a versão do Siqueira dada há dois anos não muda, a informação que foi dada ao Ministério Público pelo ex-governador não muda. O que a gente vê aqui realmente são depoimentos legos, depoimentos que são montados a bel prazer e conforme conveniência da defesa. Não tenha dúvida que busca a beneficiação, mas eu acho que a beneficiação tem que ser mudada pela verdade” enfatizou.
Para Figueiredo, essa contradição nos depoimentos é relevante e deveria ser levada em conta no julgamento dos militares.
Indagado o que estava fazendo no julgamento dos militares, já que afirma que Taques não é parte, o advogado respondeu que: “trouxe informações que estão ocorrendo na investigação da Miranda Reis, e não estão sendo juntadas aos autos, e são informações que podem modificar os rumos do julgamento de hoje”.
Ele alegou que um pedido de delação unilateral, como a defesa do coronel Zaqueu tem requerido, não pode haver contradições. “Não sei se modifica, mas deveria modificar. Um pedido de delação unilateral ele não pode ser feito com contradições, e o próprio delator, o próprio confessor, ele mesmo em outra oportunidade e perante a uma autoridade policial ele levanta uma situação que até então nunca foi dita por ele” completou.
O advogado citou ainda, que o nome de Taques pode ser usado para forçar a aceitação da delação unilateral. “A delação, quanto mais para cima você joga, mas você se livra né. O ex-governador nega, pois diz que nunca teve nem conhecimento sobre qualquer tipo de escuta que tenha sido feita. Eles dizem que a ordem partiu do ex-governador a partir do encontro que ele teve sozinho no Palácio com o ex-governador, e isso é impossível” reforçou.
Conforme Figueiredo, Taques está disposto a depor na Força Tarefa da Grampolândia. “Ele já fez o pedido à Delegada, a Promotoria a quem é de direito”.
Julgamento - Os militares estão sendo julgados neste momento pela 11ª Vara Criminal Especializada Justiça Militar, em Cuiabá. O julgamento deve seguir nos dois dias seguintes, quinta-feira (7) e sexta-feira (8).
Confira entrevista:
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