Defendendo os movimentos legítimos, ordeiros e pacíficos em Brasília e seu "amigo pessoal" o índio José Acácio Serere Xavante, 42 anos, preso pela prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos, a deputada federal eleita, Coronel Fernanda (PL) garantiu em entrevista ao nesta segunda-feira (20.12) sua lealdade ao atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Ela evitou criticar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas indicou que fará seus enfrentamentos após a posse em fevereiro.
“Eu só farei comentário a esse Governo no dia que eu tomar posse, porque aí eu sou deputada federal empossada, aí eu posso tomar as providências, enquanto isso é só falação", disse.
Eu fui eleita pelo povo do Estado de Mato Grosso, eu sou leal ao nosso presidente Bolsonaro, continuo leal e serei sempre
Sobre os movimentos contra a posse de Lula em Brasília, a deputada avaliou que apoio as manifestações ordeiros e pacíficos, porém, argumentou não ser esse o cenário visto em sua última viagem à Capital Federal, que resultou na prisão do índio bolsonarista José Acácio Serere Xavante - que mora em Campinápolis (a 565 km de Cuiabá -, em 12 de dezembro.
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“Eu estive em Brasília no último evento que houve aquele transtorno todo e por infelicidade o índio Serere, que é um amigo particular meu, eu fui chamada para fazer a defesa dele como advogada, e vivi todos aquele momento de trauma, ver pessoas transvestidos de patriotas queimando, porque as pessoas de bem, patriotas de verdade não estavam lá”, disse a Coronel Fernanda.
Para a Coronel Fernanda, não eram os patriotas que faziam arruaça no momento da prisão do índio. Segundo ela, as manifestações hoje não são contra Lula assumir ou não, é contra a corrupção. “Eram outras pessoas que não faziam parte daquele movimento bonito, de famílias e pessoas que trabalham que querem um Brasil melhor. A questão hoje, não é uma questão simples de quem vai assumir, é uma questão de defesa do Brasil. E eles acreditam que o Brasil precisa ser defendido para que a corrupção não retorne como em anos anteriores.”
Segundo ela, esteve com o índio acompanhando pelos advogados da Fundação Nacional do Índio (Funai) no momento da prisão. “Eu acompanhei a prisão dele em Brasília, fui para a Polícia Federal junto com os advogados da Funai e outros que estavam apoiando, para ver a integridade física dele, se estava tudo ok, e graças a Deus ele estava bem. Ele foi bem tratado naquele momento e de lá ele desceu para o presídio, aí no presídio quem assumiu foi um colega nosso que mora em Brasília que vai facilitar o tramite”, encerrou.
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