Em entrevista coletiva em Cuiabá, na tarde deste sábado (11.09), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou ao que tem convicção que não terá segundo turno entre o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido), nas eleições de 2022, pois a população irá procurar outra alternativa.
“Eu apoiei Geraldo Alckmin. Nunca tive no palanque do Bolsonaro. Eu considero que apoio é pedir voto e defender uma candidatura e fazer campanha para alguém, o que eu fiz, foi no segundo turno, entre duas candidaturas que estavam opostas em caminhos alternativos, e declarei meu voto publicamente ao Bolsonaro, mas não pedi voto e defendi a candidatura”.
Segundo o possível candidato à Presidência da República, ele quer discutir o Brasil que todos querem ver - e o país que a sociedade pode ter. “Esquece o PT e Bolsonaro nas próximas eleições”.
Questionado pelo de ter subido ao palanque de Bolsonaro nas eleições de 2018, Leite disse que nunca esteve no palanque do atual presidente, e sim declarou seu voto, por não aceitar ‘mais’ o Governo PT à frente do Brasil, devido às crises de falta de ética e corrupção no país.
O governador disse que muitas pessoas votaram no segundo turno no candidato Fernando Haddad, mesmo não estando de acordo com a corrupção do PT, assim como muitas pessoas votaram no Bolsonaro sem concordar com as coisas que ele falava “eu fui uma dessas pessoas”. Segundo ele, no enfretamento à pandemia da Covid-19, Bolsonaro não ajudou em nada o Brasil.
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“Enfim, o que nós temos para o futuro é tirar o Brasil dessa polarização, pois não podemos aceitar, e ficar com o Brasil que não estamos bem e também com o Brasil que não foi bom".
Indagado pelo , se a disputa ficar polarizada entre Bolsonaro e Lula, Eduardo Leite citou o poema de Fernando Pessoa para responder. “Tem um poema de Fernando Pessoa que diz: - O que seria da minha vida se tivesse dobrado para a esquerda em vez de para a direita, se tivesse tomado as decisões que eu não tomei, se tivesse dito a frase que só hoje eu apoio, esse “se” não existe. Mas eu só sei que é possível ao Brasil não ter que escolher entre os dois caminhos que já foi errado e está sendo errado, não precisamos ficar nesta escolha.
"Eu tenho convicção que no segundo turno das próximas eleições não será entre Lula e Bolsonaro”, concluiu o governador de Rio Grande do Sul, em seu discurso na Capital mato-grossense.
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