A candidata a prefeita de Várzea Grande pela Federação Brasil da Esperança (PT/PcdoB e PV), professora Leliane Borges (PT), afirmou em entrevista ao programa " No Ar", conduzido pelo jornalista Geraldo Araújo, na manhã desta quarta-feira (14.08), que o problema da cidade não é a falta de água, mas sim a "gestão e vontade política". Segundo a professora, um dos maiores desafios é a distribuição. Ela citou como exemplo a Escola Serra Dourada, que não possui rede de distribuição e é abastecida apenas por meio de caminhões-pipa.
Contrária à privatização do Departamento de Água e Esgoto do município (DAE/VG), a petista argumentou que o problema não está na falta de recursos ou na incapacidade da autarquia em fornecer água, mas sim na má gestão e na ineficiência em solucionar as demandas do setor.
De acordo com Borges, em vez de privatizar o serviço, é necessário melhorar a gestão e investir no encanamento, garantindo que a água chegue a todas as residências. “Jamais privatizar. O DAE é uma autarquia que traz recursos para Várzea Grande, mas precisamos melhorar a gestão. Existe uma falta de vontade, não há interesse político”, enfatizou.
Em relação ao plano de governo, a petista declarou que, além das pautas como educação, saúde, segurança e abastecimento de água, também incluiu a questão do cuidado com os animais.
Conforme Leliane, os animais são membros da família, e em Várzea Grande essa pauta tem sido negligenciada. Durante suas visitas diárias pela cidade, Borges disse que encontra muitos animais abandonados nas ruas, animais que saem atrás de seus donos e não conseguem retornar sozinhos, acabando por definhar e morrer nas vias e rodovias da cidade. “Essa é uma pauta nacional do PT e não será diferente na cidade industrial”, ponderou.
FALTA ATENDIMENTO ADEQUADO NAS UNIDADES DE SAÚDE
Questionada sobre outras pautas de relevância, como a saúde, a professora destacou que também pretende “atacar” diretamente essa questão, pois, segundo ela, atualmente, em Várzea Grande, pessoas desmaiam nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) devido à falta de atendimento adequado.
A candidata a prefeita também mencionou a desvalorização dos médicos, afirmando que esses profissionais, na primeira oportunidade, deixam a cidade.
CRITICAS À GESTÃO
A professora também criticou a atual gestão em relação ao concurso da Guarda Municipal (GM/VG), classificando-o como vexatório. Para a candidata, antes de lançar um novo concurso, a administração deveria primeiro valorizar aqueles que já estão atuando na segurança da cidade.
Com 28 anos de experiência como professora, Leliane afirmou que o município não cumpriu o Plano Nacional para atender à educação infantil, garantido pelo Sindicato, e que não houve punições por isso. Segundo ela, existem creches paralisadas.
A candidata também mencionou que as escolas noturnas não estão preparadas para receber "alunas-mães" que precisam levar seus filhos às unidades, as quais, no entanto, não oferecem brinquedotecas.
Sobre os vendedores ambulantes da cidade, a petista destacou que é necessário reorganizar essa atividade e encontrar um local adequado para esses comerciantes, visto que a cidade está crescendo e o comércio gera emprego e renda para o município.
SEM CITAR PROPOSTAS ESPECÍFICAS
A candidata reforçou que irá trabalhar pela cidade, pois, como filha adotiva, sempre foi muito acolhida pelos várzea-grandenses e pretende retribuir ajudando a melhorar a cidade.
“Eu achava que a pessoa que hoje está na gestão poderia fazer melhor por ser filho de Várzea Grande, mas vi que ele não fez. Eu, enquanto filha adotiva de Várzea Grande, vou devolver a cidade a quem mora nela”, finalizou Leliane Borges.
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