O secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, culpou o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), pela ausência de nomeação dos aprovados no concurso público da secretaria realizado este ano. Com 7 mil cargos vagos, a Secretaria realizou um concurso para 406 cargos, com o restante em cadastro reserva, mas não há perspectiva de nomeações. A negativa pela nomeação ocorreu durante audiência da Comissão de Saúde, realizada nesta terça-feira (13.08) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT). Veja vídeo com a fala do secretário no final da reportagem.
Figueiredo afirmou que esteve em reunião com o governador de Mato Grosso na última segunda-feira (12.08) para solicitar as nomeações e que, se dependesse apenas dele, todos os servidores da Secretaria de Estado de Saúde (SES) seriam concursados.
“Eu vou fazer a demanda ao governador; a atribuição de nomear ou não é discricionária do governador de Mato Grosso, não é de um secretário de Estado”, afirmou Gilberto Figueiredo.
O secretário acredita que as nomeações causariam um impacto de R$ 53 milhões e afirmou que dos 406 cargos serão selecionados aqueles mais “necessários”, especialmente em especialidades como hanseníase e tuberculose.
“Se eu pudesse, não teria nenhum servidor contratado nesta secretaria; seriam todos efetivos, mas eu não posso e não tenho autoridade para isso. A autoridade está no Governo do Estado, na Secretaria de Fazenda, que administra isso”, afirmou.
Outro lado
Por meio de nota, a assessoria da SES negou a fala de Gilberto Figueiredo. O vídeo com a fala do secretário, responsabilizando o governador, pode ser conferido ao final da reportagem. Veja a nota da SES:
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) esclarece que essa matéria não condiz com a verdade. O secretário Gilberto Figueiredo esteve presente em reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa para tratar dos recursos do Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal (FEEF) e esclareceu, pontualmente, que a nomeação para o concurso público da SES ocorrerá após uma decisão de Governo. O secretário também expôs a realidade da gestão pública e informou que 406 nomeações impactariam em aproximadamente R$ 53 milhões por ano os cofres públicos.
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