O candidato à presidência da República, ex-governador Ciro Gomes (PDT), em discurso ácido contra “tempos de desmoralização da política” assumiu um compromisso de lutar contra a realidade cruel vivida pelo trabalhador brasileiro e esbravejou contra a, segundo ele, "incompetência do Governo Bolsonaro", bem como, criticou Lula "por alimentar a polarização".
“Pelos seus erros, Lula parece ter saído da prisão para aprisionar o Brasil em uma camisa de força. Com sua péssima índole, Bolsonaro que chegou ao Poder pelo voto, quer usar o voto para destruir as eleições e a própria democracia. Para isso está fazendo uma engenharia reversa com a urna eletrônica. Os seguidores dos dois lados ouvem a música encantatória dos seus líderes e mergulham em uma espécie de transe coletivo e envoltos irracionalmente em um neurótico conflito político que pode destruir o Brasil”, criticou Ciro.
Ciro Gomes afirmou que o Brasil empobreceu de forma material e espiritualmente. Segundo ele, com a indicação à Presidência da República irá honrar o trabalhador brasileiro, que sofre com a fome, desemprego e com apolítica de preços da Petrobras.
Com um grito de “Fora Bolsonaro”, ele disse que o atual presidente da República não trabalha. Ele definiu Bolsonaro como "grande preguiçoso e questionou se alguém conhece algum hospital, alguma estrada feita ou se o presidente trouxe alguma fábrica", mas segundo ele, sempre ouviu a resposta não.
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“Nunca o país teve um presidente tão insensível e incompetente como o que ocupa atualmente o Palácio do Planalto. Fora Bolsonaro! Usar e emporcalhar são os melhores verbos para definir o seu método de permanência. Não trabalha, não pensa, não executa nenhuma ação em favor do povo brasileiro”, disse Ciro chamando, Bolsonaro de “genocida e ser hediondo.”
Com críticas às ações de Bolsonaro contra o sistema eleitoral brasileiro, Ciro afirmou que, caso eleito, irá acabar com a reeleição no Brasil e a ação do orçamento secreto. “Bolsonaro tem grande culpa em tudo o que está acontecendo.”
Ciro também criticou o que chamou de esquerda goela para se referir ao ex-presidente Lula (PT).
Criticando a polarização, Ciro afirmou que Lula e Bolsonaro disputam quem é mais corrupto e oferecem ao povo que sigam ‘quem é o mais ateu, o mais abortista, o homofóbico”.
“O Brasil chegou a essa situação porque à esquerda de goela e direita são cúmplices do mesmo modelo e são incapazes de abrir uma saída, um novo caminho. O Brasil vive a pior crise de todos tempos e os dois personalizam e reduzem tudo a uma trágica disputa pessoal. O Brasil está perdendo a corrida para Educação, para Segurança Pública. Como fará o Brasil crescer um acusado de comunista e outro de fascista”, questionou.
TRAJETÓRIA – Ciro encara a 4ª eleição à presidência da República. Ele foi ex-ministro da Fazenda e ex-governador do Ceará e nas últimas três tentativas (1998, 2002 e 2018), registrou o melhor desempenho no último pleito, com pouco mais de 13,3 milhões de votos.
CONVENÇÃO – Durante a Convenção, Ciro recebeu mensagem de apoio do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, da senadora Leila Barros (PDT), também conhecida como Leila do Vôlei, que discursou contra polarização e garantiu que ficará ao lado de todos que saírem da zona de conforto”.
Ele também ouviu palavras que o definiu como “o mais preparado para ser presidente da República” e palavras de ordem como “Quem não gosta do C a porta da rua é serventia da Casa” direcionadas aos membros do grupo que não manifestam apoio total.
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