O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antônio Joaquim afirmou na tarde desta segunda-feira (09.03), em entrevista coletiva, que foi vítima de uma grande farsa executada por dois bandidos. Segundo ele, o ex-governador Pedro Taques (sem partido) e o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot armaram uma “tramoia sórdida e covarde”. Antônio Joaquim está afastado da presidência do TCE desde 2017.
De acordo com o conselheiro afastado, o único crime que foi cometido, foi o de pleitear uma candidatura ao Governo do Estado. “Desde que tudo isso começou eu tive a certeza de que estava sendo punido por ter decidido pleitear uma candidatura ao Governo do Estado, esse é o verdadeiro crime que eu cometi”, afirmou Joaquim.
Segundo ele, se não fosse o projeto de disputar o Governo contra a eleição de Pedro Taques em 2018, as coisas teriam acontecido de forma diferente.
Antônio chegou a acusar Pedro, juntamente com Janot de terem "assassinado sua reputação". “Operaram em conchavo, em conluio, para me impedir de ser candidato, armando essa monstruosa farsa para me impedir de ser governador”, reafirmou o conselheiro afastado.
Quanto a sua aposentadoria, Antônio Joaquim relata que se sentiu surpreso, quando o então ex-governador, Pedro Taques se recusou em assinar o ato. “Primeiro Taques enrolou um mês para anunciar que não assinaria, e depois fez consulta ao Supremo Tribunal Federal (STF). Qualquer advogado sabe que não existe no jurídico consulta ao STF”, pontuou Joaquim.
Ele ainda lembrou que na época Taques alegou a existência da delação e do seu afastamento para negar o benefício, e que, conforme ele, ali já estaria sendo citado como culpado, ou seja, impedido de ter esse esse benefício legal.
“Para mostrar e atestar como esse impostor, foi rasteiro e ignóbil. O senhor Pedro naquela mesma época tinha acabado de assinar a aposentadoria do saudoso deputado Jota Barreto, que também tinha sido citado na deleção do Silval, e na mesma condição da minha, aliás, um pouco mais complicada porque ele apareceu em vídeo e eu não apareci. omo podemos classificar posturas diferentes para situações iguais? Senão como uma ação deliberada com intuito de prejudicar, de impedir alguém de ser candidato. Enfim, ele conseguiu me atingir com seu segundo golpe. Primeiro foi o afastamento. O segundo, impedir minha aposentadoria”, completou.
Quanto a Janot, Joaquim afirmou que prevaricou quando, segundo ele, "fechou os olhos para o fato que seu amigo Pedro Taques, também estava citado na mesma delação do ex-governador Silval". Joaquim insistiu em lembrar, que ele já tinha prevaricado em 2016, quando Alan Malouf fez uma deleção que envolvia de "forma arrasadora o Taques".
“O que fez esse procurador?, Engavetou a delação, ao em vez de encaminhar prontamente ao ministro. Essa delação do Alan Malouf só foi homologada no final de 2017”, encerrou.
Outro lado - A reportagem do oticias entrou em contato com o ex-governador, Pedro Taques, que afirmou que não teria nada a dizer sobre o assunto, e que apenas que não fez nada de errado.
Porém, ele voltou atrás e relatou que na verdade, Antônio Joaquim, com a aposentadoria, queria fugir do Julgamento do STF, que não deixou ele se aposentar, depois da comunicação do Estado. “A situação dele, nada tem a ver com a dos outros membros do TCE”, declarou.
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