Cassada por 7 votos a 0, pelo Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), por prática de caixa dois, abuso de poder econômico, além de propaganda fora do período legal, durante a pré-campanha de 2018, a senadora Selma Arruda (Podemos), usou a tribuna do Senado, em sessão dessa terça (24.09), para criticar o crime (caixa dois) e expor os males que crimes como esse fazem para o país. A fala da senadora ocorreu logo após ela convidar a população para manifestar nesta quarta (25) nas ruas em defesa da CPI da Lava Toga.
De acordo com Selma, políticos que cometem caixa dois precisam de uma Secretaria ou Ministério para ganhar propina e pagar suas contas particulares.
“Sabia que uma das maiores consequências da corrupção é a incompetência? Um político corrupto, para receber de volta aquilo que ele gastou na campanha, por exemplo – o caixa 2, obviamente... Se ele precisar de uma secretaria ou de um ministério para poder ganhar propina e, com isso, pagar as suas contas particulares, não vai colocar uma pessoa qualificada para trabalhar com ele, vai colocar, obviamente, um comparsa. E o comparsa é absolutamente desqualificado, portanto, incompetente. Ao lado da corrupção anda a incompetência, ao lado da corrupção anda a ineficiência. E o Brasil sofre desses dois males. Diria a vocês que os dois são de igual importância, os dois são muito nocivos, tanto um quanto o outro. É isso o que nós vivemos” declarou.
Defesa da CPI – Em defesa da CPI da Lava Toga Selma ainda disse: “Ter corrupção em um país é como querer encher uma caixa-d’água que tem um buraco embaixo: quanto mais água você colocar, mais ela vai vazar. É isso o que o Brasil está vivendo hoje. Nós não podemos mais viver dessa forma”.
Para Selma, a CPI da Lava Toga, é o começo do começo da verdadeira limpeza. “Nós temos a Lava Jato, que já fez um grande serviço para o Brasil. Mas tenho certeza – e não é só nos tribunais superiores –, de que o Judiciário, o Ministério Público, todas as instituições têm que ser passadas a limpo, sim. E nós vamos ter, então, um País que não tem mais uma caixa-d'água furada. Toda essa economia que a reforma da previdência e outras reformas vão nos proporcionar vão, sim, ficar canalizadas para o bem do povo e não canalizadas para desperdícios, para a corrupção, para desmandos, para a incapacidade, para a incompetência”.
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