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Política Terça-feira, 26 de Novembro de 2024, 17:07 - A | A

Terça-feira, 26 de Novembro de 2024, 17h:07 - A | A

"contra boicote à carne brasileira" 

Carrefour e Atacadão podem perder incentivos fiscais em MT, alerta deputado

Medida pode ser adotada após barreira comercial imposta pelo grupo francês à carne brasileira

Lucione Nazareth & Adriana Assunção/VGN

O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) declarou nesta segunda-feira (25.11) que pode ser apresentado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) um projeto de lei que estabelece a retirada de incentivos fiscais para o grupo francês Carrefour, que tem entre eles o Atacadão, em decorrência da barreira comercial imposta pelo grupo francês à carne brasileira.

Segundo o parlamentar, o anúncio do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, de que a rede deixaria de comprar carne do Brasil e dos demais países do Mercosul, seria uma medida com intenção de tentar frear a concorrência comercial com os países sul-americanos. Na semana passada, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse que está muito próximo de se assinar acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.

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“Olha, o que o CEO do Carrefour fez, e também da Danone, realmente é uma covardia e é um trabalho de protecionismo a produtores franceses, que na realidade não têm competitividade, e motivado porque o anúncio da parceria do Mercosul com a União Europeia está para ser anunciado nos próximos dias. [...] E isso os produtores franceses estão muito preocupados, porque eles não conseguem competir com os produtos brasileiros. E ele faz um anúncio desse sem cabimento e desproporcional”, disse o deputado.

Avallone elogiou a reação dos frigoríficos e do governador Mauro Mendes (União) em relação ao anúncio do grupo francês, e não descarta a possibilidade de ser apresentado na ALMT um projeto de lei para excluir os incentivos fiscais concedidos pelo Governo do Estado às empresas da companhia.

O deputado citou ainda que o projeto pode ser semelhante àquele que foi aprovado no mês passado, para retirar incentivos fiscais das empresas que aplicam a Moratória da Soja ou outros acordos comerciais que sobreponham a legislação nacional, a Constituição Federal ou o Código Florestal Brasileiro.

“Eu acho que o governador e todos aqueles que reagirem têm e devem reagir para mostrar que nós não vamos ficar aqui esperando esse tipo de posicionamento de empresas que estão no Mato Grosso, foram muito bem recebidas aqui e que inclusive algumas delas têm incentivo fiscal. Sem dúvida nenhuma, nós já fizemos isso na moratória da soja. Já trabalhamos para retirar incentivos de quem tiver esse tipo de procedimento e isso pode acontecer com certeza se por iniciativa de algum deputado, depois do próprio posicionamento do governador”, frisou.

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