O ministro Carlos Fávaro (PSB) declarou nesta sexta-feira (28.02) que pretende permanecer à frente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) até março de 2026, data limite para que possa se desincompatibilizar e concorrer à reeleição ao Senado. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Bom Dia Cidade, da Rádio 104 FM de Rondonópolis.
Há grande especulação sobre uma possível saída do senador licenciado, que ocupa o cargo desde o início da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos bastidores políticos, o nome do ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP) é frequentemente mencionado como um possível interessado em assumir o cargo de Fávaro.
Quando questionado sobre o tema, Fávaro enfatizou que a decisão sobre sua permanência no ministério cabe principalmente ao presidente Lula, mas destacou que sua intenção é seguir no staff.
“Posso lhe garantir, não será agora não, muito provavelmente eu deixo o ministério só lá no mês de março quando me descompatibilizo para disputar as eleições”, afirmou.
Fávaro também comentou sobre os boatos frequentes sobre sua saída do governo, dizendo que sua saída seria uma"troféu". O senador licenciado vem do setor agropecuário, um segmento que se opõe ao presidente Lula.
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“Um pouco disso é fruto da minha tomada de decisão, consciente, verdadeira e legítima de apoiar o presidente Lula no setor que eminentemente foi contra o presidente Lula. Então, particularmente, eu sinto que assim, eu viro um “troféu” ‘esse cara que teve coragem apoiar o Lula não vai ficar ministro ou nós vamos derrubar ele ou não vamos deixar nomear’. Eu sei de que pode ser isso, mas eu tô fazendo o meu trabalho com muita tranquilidade, entregando resultados,” explicou.
O ministro ainda destacou que sua atuação na expansão dos mercados tem sido um fator de tranquilidade, pois, conforme disse em entrevista anterior, o presidente Lula está satisfeito com sua gestão à frente do MAPA e deve mantê-lo no cargo. Caso deixe o ministério, Fávaro garantiu que continuará apoiando o governo no Congresso Nacional.
“Eu tenho certeza que na hora que o presidente precisar, ele vai pedir o cargo e eu vou entregar com muita satisfação e continuar dando suporte a ele no Congresso Nacional”, concluiu.
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