Vai muito mal a relação entre PT e PMDB. Especialmente no Rio de Janeiro, onde o governador Sergio Cabral não engole a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) ao Palácio Guanabara. Cabral gostaria de ter o apoio do PT a seu candidato Luiz Fernando Pezão, mas o problema é que ele se mostra menos viável eleitoralmente do que outros rivais como o próprio Lindbergh e o ex-governador Anthony Garotinho, do PR, que hoje lidera as pesquisas.
Nesta quinta (23.05), a edição do jornal O Globo, publica trechos da conversa entre Cabral e o vice-presidente da República, Michel Temer, num jantar ocorrido na terça-feira, onde a presidente Dilma era aguardada, mas não foi. Cabral foi explícito ao sinalizar que pode apoiar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) em 2014. "Não é bem assim que a gente não tenha alternativa. Eu tenho relação com várias pessoas no mundo político. O nome do meu filho é Marco Antônio Neves Cabral", disse o governador. Marco Antônio é fruto do primeiro casamento de Cabral com Suzana Neves, parente de Aécio. Além disso, Cabral se lançou na política pelo PSDB, levado ao partido por Aécio.
Temer relatou a reclamação de Cabral da à presidente Dilma, que teria reagido com espanto. Mas Lindbergh já deixou claro que o PT, desta vez, não abrirá mão da candidatura no Rio. Outro ponto que azeda a relação entre o Planalto e o PMDB do Rio é a conduta do líder do partido, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é aliado de Cabral. Além de opositor aberto da MP dos Portos, ele é um dos articuladores da CPI da Petrobras, que já conta com as assinaturas necessárias para ser instalada.
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