O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT), Eduardo Botelho (DEM) em entrevista à imprensa nessa quarta-feira (24.11) comentou o descontentamento dos deputados em relação ao secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo.
Os deputados exigiram do governador Mauro Mendes (DEM), que Gilberto – possível pré-candidato nas eleições de 2022 - deixe o cargo em dezembro, por supostamente dificultar a aplicação de emendas.
Botelho evitou opinar sobre a decisão, porém, argumentou que seguirá o que a maioria dos deputados aprovar. “O que os deputados aprovarem é o que vou defender”.
Eduardo Botelho também comentou a declaração de Gilberto, que afirmou que “os deputados não saem do cargo para fazer campanha”. Para Botelho, o secretário estadual de saúde precisa entender que o Executivo tem o “poder da caneta”.
“Uma coisa ele é executivo, ele tem que entender e diferenciar, ele é executivo e deputado é parlamentar, ele não tem a força da caneta. Então são situações diferentes. Agora eu vou aguardar as discussões com os deputados”, declarou.
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Questionado se a continuidade de Gilberto no cargo irá favorecer em uma campanha, Botelho afirmou que sim: “Sempre favorece, o cara está em evidência, está trabalhando, está mostrando serviço, isso de uma forma ou de outra ajuda.”
Ontem, a Assembleia Legislativa convocou o secretário Gilberto para prestar esclarecimentos sobre processos seletivos feitos sem a devida publicidade. O requerimento é da deputada Janaina Riva (MDB), que está entre os descontentes com o secretário.
Disputa tem que ser igualitária, quem tem mandato tem! Quem não tem, não tem!
Riva criticou o processo de contratação de mil pessoas para trabalhar no Hospital Metropolitano e Hospital Regional de Rondonópolis, sem tempo hábil para inscrição e por meio de análise curricular. Para Janaina, a situação indica um apadrinhamento de servidores em um período próximo às eleições.
“O secretário, sendo candidato, por isso a gente está defendendo que secretário tem que sair este ano, pode ser o que não está previsto na lei, mas é o que é moral, o secretário sair em dezembro para não utilizar a máquina pública para compra de apoio, para apadrinhamento político, a Assembleia não pode deixar isso acontecer e fingir que não está vendo, disputa tem que ser igualitária, quem tem mandato tem, quem não tem, não tem”, criticou.
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