O deputado estadual Valdir Barranco (PT), afirmou que tenta abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa (AL/MT) para investigar supostos esquemas na área de saúde estadual, desde a deflagração da Operação Espelho, em 2021, que apreendeu R$ 35 milhões em bens dos envolvidos na formação de cartel.
Barranco avalia que a CPI será o melhor caminho para identificar a “mulher da SES”, que orientava empresários o que fazer para vencer as licitações. Em mensagens interceptadas, sem citar nomes, os empresários revelam que uma “mulher da SES” orientava o grupo de empresários, entre eles, médicos investigados por suposta formação de cartel para fraudar contratos na Secretaria de Saúde do Estado (SES-MT).
“A reclamação da saúde é geral, a população vem sofrendo muito, e enquanto Assembleia Legislativa, responsável pela fiscalização do Poder Executivo, não podemos assistir de camarote uma operação como essa e agora novamente notícias dizendo que tem uma mulher, que ainda não sei quem é a mulher, que estaria envolvida em crimes na saúde”, declarou Valdir Barranco.
Barranco avaliou como “desculpa” o posicionamento da presidente da Assembleia Legislativa em exercício, deputada Janaina Riva (MDB), que avalia não ser o momento para a abertura de uma CPI. Segundo Janaina, a investigação policial contra a suposta servidora ainda está em curso, portanto, concluiu que a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) não tem obrigação de passar informações a Casa de Leis. Para Janaina, uma CPI, neste momento, só faria debate político. Neste sentido, a parlamentar avaliou que não seria o momento propício para abertura de uma CPI, segundo ela, "para o bem do Estado e do Município de Cuiabá", que está sob intervenção estadual.
“Eu acho que essa desculpa ela não cola. Até parece que o Mauro Mendes que está fazendo. A Assembleia não vai investigar o governador porque pode parecer que vai atrapalhar o trabalho da intervenção, nenhum de nós pode atrapalhar o trabalho da intervenção”, argumentou Barranco.
Barranco argumentou que os deputados não podem abdicar da obrigação de investigar, considerando que faz parte da função na qual foram eleitos, bem como, se comprometeu ao cidadão. “Fiscalizar o governador é a função dos deputados.”
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