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Política Terça-feira, 04 de Março de 2025, 10:48 - A | A

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audiência pública

ALMT debate mercadinhos em presídios; Max cobra fiscalização de alimentação

Deputados farão audiência pública para discutir o funcionamento dos mercadinhos nos presídios do Estado.

Rojane Marta/ VGN

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) realizará no dia 27 de março de 2025, no Plenário das Deliberações Deputado Renê Barbour, uma audiência pública para discutir o funcionamento dos mercadinhos dentro dos presídios do Estado. O debate foi aprovado por meio do Requerimento 84/2025 da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e contará com a participação de representantes do Governo, do sistema de justiça, do conselho da comunidade e demais interessados no tema.

O presidente da ALMT, deputado Max Russi (PSB), afirmou em entrevista que a realização da audiência será fundamental para aprofundar a discussão sobre os mercados nas unidades prisionais. Segundo ele, o debate precisa envolver todas as partes para garantir que a decisão final atenda aos interesses da população.

"Estamos esperando essa audiência para ampliar o debate e ouvir todos os atores envolvidos. Há uma discussão muito forte sobre o impacto dos mercadinhos nos presídios, se beneficiam ou não as facções criminosas, se garantem dignidade aos detentos. O parlamento é o local ideal para esse debate, e já foi convocado pelo deputado Eduardo Botelho (União). Esperamos um resultado satisfatório que contemple os interesses de todos os mato-grossenses", declarou Russi.

Produtos de luxo e fiscalização

Nos últimos dias, imagens divulgadas mostraram que produtos considerados supérfluos e de alto custo estavam sendo vendidos nas unidades prisionais do estado, como cuecas de marca, potes de Nutella e outros itens caros. O caso gerou repercussão e críticas sobre a real necessidade desses produtos dentro do sistema prisional.

Max Russi enfatizou que a Assembleia Legislativa não compactua com esse tipo de comércio e que a venda de produtos considerados desnecessários dentro dos presídios não pode ser normalizada.

"Isso nós não podemos aceitar. Relativizar essa situação gera indignação na população. O mínimo necessário tem que ser oferecido, e o Estado tem condições de garantir isso. O papel do Parlamento e de outros órgãos é fiscalizar e acompanhar para que não haja abusos", afirmou o presidente da ALMT.

Leia mais: Mercadinhos em presídios de MT vendem nutella e itens de alto valor, diz relatório

Qualidade da alimentação dos presos

Outro ponto polêmico abordado na entrevista foi a qualidade das marmitas fornecidas aos detentos. O desembargador Orlando Perri, relator de uma ação que trata do sistema prisional de Mato Grosso, destacou que as refeições servidas nas unidades prisionais estariam chegando em condições inadequadas para o consumo.

Max Russi afirmou que a Assembleia Legislativa, por meio da Comissão de Segurança Pública e Comunitária, já acompanha essa questão e reforçou que a qualidade das refeições deve ser garantida.

"É estranho ver esse tipo de denúncia, principalmente porque há empresas renomadas responsáveis pela alimentação dos presídios. Não podemos aceitar que qualquer pessoa, independente de sua condição, receba uma alimentação inadequada ou insuficiente. A Assembleia vai continuar fiscalizando e cobrando para que isso não aconteça", concluiu.

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