O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Valter Albano, em sessão ordinária virtual desta terça-feira (01.09), afirmou ter “sofrido muito” com as decisões judiciais que determinou seu afastamento da função da Corte de Contas, e pediu celeridade nas investigações e processos judiciais contra ele e os demais conselheiros afastados do TCE.
Albano começou seu fala fazendo um agradecimento: “Agradeço à Deus, nosso supremo, ao nosso Pai Oxalá, à força dos Orixás. Agradeço aos sábios, bondosos, orientadores e protetores guias espirituais, umbandistas de luzes aos quais eu me curvo, que me deram a direção e me sustentaram no caminhar pelo vale da indignação, da tristeza e, às vezes, até da desesperança, principalmente no período de 14 de setembro de 2017 até o dia 25 de agosto”, declarou o conselheiro.
Ele afirmou que neste período de três anos afastado do TCE foi bom para que pudesse evoluir, destacando que hoje se sente uma nova pessoa. “Sinto em condições em dizer que sou outra pessoa. Penso e posso dizer: eu sou uma pessoa melhor”.
Sobre o processo de afastamento, Albano evitou comentar, mas garantiu que sofreu muito com ele: “A indignação e o sofrimento com as medidas e decisões judiciais que me alcançaram, me fizeram sofrer! Eu sofri muito. Eu não as esperava. Mas, não me fez desacreditar na justiça, nas instituições, nas autoridades. Sem que qualquer instituição, quaisquer dos seus membros podem errar ou serem induzidas a tal, eventualmente. Mas, sei que o predominante é o acerto. Então eu confio que ao final o justo prevalece, sempre”, disse o conselheiro.
Ele ainda acrescentou: “Não é dúvida que as medidas foram duras demais para alguém que nunca foi condenado ou recebeu qualquer reprimenda dos seus 48 anos de vida pública. Mas, a justiça se completará em breve, tenho certeza, iai nós conversaremos”.
Albano ainda pediu celeridade nos processos judiciais contra ele e os conselheiros afastados, José Carlos Novelli, Waldir Júlio Teis, Sérgio Ricardo e Antônio Joaquim, no âmbito da Operação Malebolge, sequência da Operação Ararath. “Que os processos ainda em andamento das mais diversas fases, de investigação, fases decisórias, que corre na justiça envolvendo meus colegas e também em meu nome, que eles possam ser céleres, justo, para que todos possam trilhar seu caminho".
Sobre o retorno ao TCE, o conselheiro disse: “pretendo voltar a cumprir a missão e os deveres de conselheiro, atuando, agindo e decidindo comprometido com o Estado, a sociedade, o bem feito, o moral, o licito. Com a mesma força e compromisso atuarei de forma combativa na legalidade, contra o mal feito, o imoral, o ilícito e o crime, sempre nos limites da minha competência institucional. Afirmou e reafirmou meu compromisso com Estado forte e justo”.
Lembrando que José Carlos Novelli, Sérgio Ricardo, Antônio Joaquim e Waldir Teis, foram afastados em 14 de setembro de 2017, após medida cautelar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, no âmbito da Operação Malebolge, sequência da Operação Ararath.
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