Questionado sobre as festividades do Carnaval, em fevereiro, e como a Prefeitura de Cuiabá poderia se organizar para oferecer recursos para a folia, o prefeito eleito da capital, Abilio Brunini (PL), foi taxativo ao negar qualquer possibilidade de gastar recursos com eventos do tipo, diante do momento atual da Prefeitura, que ele classifica como "terrível".
"Eu acho que este momento a gente não pode falar de festa, de nenhuma festa, acho que neste momento é o momento de pagar os servidores que estão em atraso, pagar as dívidas com medicamentos, profissionais da saúde e tudo mais", comentou. "Se a gente conseguiu equilibrar as coisas daí a gente volta a falar de outros assuntos mais festivos", declarou o prefeito.
"Mas neste momento eu estou deixando essas atividades festivas que estão aí bem próxima sob uma possível gestão do Estado, o Estado já tem programações, acho que no ano passado foi o Estado que executou também, então se o Estado quiser executar este ano fique à vontade, mas nós estamos precisando de recursos para pagar as contas da Prefeitura", comentou o atual prefeito.
Estimativas publicadas na imprensa indicam que a dívida da Prefeitura de Cuiabá giraria em torno de R$ 1 bilhão. O valor é contestado pelo ex-prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB), que afirma ter deixado recursos em caixa.
Ao assumir a Prefeitura, Abilio enfrenta "atraso" salarial dos servidores, que ainda não receberam o pagamento de dezembro. Em entrevista, Emanuel alegou que deixou R$ 33 milhões em caixa, sendo parte em recursos federais, para pagar os salários na quinta-feira (02.01).
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