Líder do Comando Vermelho de Mato Grosso, Sandro da Silva Rabelo, conhecido como Sandro Louco, foi transferido para o isolamento pelo prazo de seis meses, após suspeita de planejar uma rebelião na Penitenciária Central do Estado (PCE).
Entre as evidências que embasaram a decisão do juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, além de Sandro, planejar a rebelião e comandar crimes de dentro do presídio, o que chamou a atenção foi uma tentativa de adulteração no sistema do Judiciário.
De acordo com a inteligência do sistema prisional, Sandro Louco teria contratado um hacker para inserir dados falsos, incluindo um alvará de soltura no sistema BNMP 2.0, com o objetivo de obter sua liberdade de forma fraudulenta.
As investigações também apontam que o criminoso mantinha o controle do chamado "mercadinho" da PCE, movimentando cerca de R$ 75 mil por mês, além de ter realizado mais de 140 ligações para sua esposa em um período de 19 dias.
A permanência de Sandro Louco no convívio geral da PCE foi considerada um risco à segurança pública, levando à decisão de sua inclusão no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), onde ele ficará em cela individual e terá restrições severas de comunicação.
O juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da Vara de Execuções Penais de Cuiabá, enviou ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), um documento com informações detalhadas sobre os motivos que levaram à inclusão de Sandro Louco, no RDD.
Foram encontrados sete aparelhos celulares na cela onde ele estava, além de mais de 140 ligações registradas entre ele e sua esposa em um período de 19 dias.
Leia mais - "Sandro Louco triplicou o lucro com a proibição dos mercadinhos", diz desembargador