A Justiça de Mato Grosso manteve a prisão preventiva de K.V.S.R., de 19 anos, acusado de estupro contra uma mulher de 28 anos, em Mirassol D’Oeste. A decisão foi proferida pela juíza Raíssa da Silva Santos Amaral, da 3ª Vara da Comarca, após audiência de custódia realizada no dia 16 de março.
O crime ocorreu na madrugada do dia 16 de março, após a vítima participar de uma festa com amigas na Praça do Rotary. Segundo o boletim de ocorrência, depois do evento, o grupo seguiu para uma residência particular, onde continuaram ingerindo bebidas alcoólicas. A mulher relatou que perdeu a memória do que aconteceu a partir desse momento e só se recorda de ter acordado em sua casa, despida e ao lado do suspeito. Suas roupas íntimas estavam enroladas ao lado dele.
A vítima entrou em pânico e chamou suas amigas, que confrontaram K.V.S.R. sobre o ocorrido. Ele negou qualquer ato criminoso. Em seguida, a mulher procurou a delegacia e registrou a denúncia, sendo encaminhada para atendimento médico. Durante a confecção do boletim de ocorrência, a vítima passou mal e precisou de atendimento no Hospital Samuel Greve.
Enquanto a denúncia era formalizada, uma guarnição da Polícia Militar retornou à residência onde o crime teria ocorrido, mas K.V.S.R. já havia fugido. Ele foi localizado pouco depois na cidade vizinha de Curvelândia e preso com apoio da polícia local.
A Justiça acatou o pedido do Ministério Público e converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva. A juíza destacou que os elementos do inquérito apontam indícios suficientes de autoria e materialidade do crime, justificando a manutenção da detenção para garantia da ordem pública.
A magistrada ressaltou que o crime de estupro de vulnerável, quando a vítima está impossibilitada de oferecer resistência, ultrapassa as elementares do tipo penal e configura uma gravidade concreta que justifica a prisão cautelar. Além disso, a tentativa de fuga do suspeito reforçou a necessidade da custódia preventiva.
Com a decisão, K.V.S.R. permanecerá preso enquanto o inquérito segue em andamento. A defesa ainda pode recorrer da decisão, mas, até o momento, não houve manifestação oficial.