Sobrevivente da chacina de Sinop, a 503 km de Cuiabá, Luis Carlos Souza Barbosa afirmou nesta terça-feira (15.10) em depoimento que acreditou que todo mundo havia sido morto pelos disparos efetuados por Edgar Ricardo de Oliveira e Ezequias Souza Ribeiro.
Barbosa, que é sobrinho de Getúlio Rodrigues Frazão, vítima da chacina, relatou que no dia do crime esteve todo o momento próximo ao tio, e que inclusive acompanhou a partida de sinuca dele contra Edgar Ricardo.
“Quando Edgar perdeu a primeira vez, chamou Getúlio para jogar em outro bar e pagou a cerveja. Eles pagaram comida e até me ofereceram, mas eu disse que não”, declarou a testemunha.
Segundo ele, mais tarde Edgar retornou ao bar e chamou Getúlio para jogar: “Eu quero você”, iniciando a partida que acabou na morte das vítimas. A testemunha revelou que acreditava que os atiradores estavam interessados somente em obter o dinheiro. “No momento, só pensei: ele só vai pegar o dinheiro dele”.
Depois, a testemunha pensou que a rixa de Edgar fosse com o dono do bar, Maciel Bruno de Andrade Costa (morto na chacina), mas que quando ouviu um segundo disparo, resolveu correr e tentar salvar sua vida.
“No segundo tiro, não vi mais nada. Comecei a correr, contornando os muros. Para mim, ele [Edgar] estava atirando em mim, na minha cabeça. Eu estava correndo pela rua [disparos sendo feitos], eu fui avisando: estão atirando, matando gente”, contou Luis Carlos.
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