O juiz de plantão do Fórum de Lucas do Rio Verde, localizado a 335 km de Cuiabá, Ricardo Nicolino de Castro, manteve, nesta segunda-feira (04.11), a prisão de M.A.C., de 21 anos, suspeito de integrar uma facção criminosa e que confessou ser o autor dos disparos contra o escritório de advocacia de Marco Antônio Mendes. O magistrado converteu a prisão em flagrante do acusado em prisão preventiva, mencionando uma condenação anterior de 6 anos e 6 meses, imposta em 5 de outubro de 2021, pelos crimes de roubo e posse ilegal de arma de fogo, ocorridos em Açailândia, no Maranhão. O réu estava cumprindo pena em regime aberto.
“Ele está cumprindo pena nos autos de execução penal n. 5...2021.8.10.0022, em trâmite nesta Comarca de Lucas do Rio Verde, e aparentemente voltou a cometer crimes, mesmo em regime aberto, o que mostra seu desrespeito às normas de convivência e às leis. A conversão da prisão em preventiva é, portanto, necessária, não podendo o acusado ser liberado neste momento”, diz um trecho da decisão.
O juiz também destacou a periculosidade do acusado, que afirmou, na Delegacia de Lucas do Rio Verde, ser o "disciplina" do Comando Vermelho na cidade. Ele teria a função de distribuir drogas e recolher o dinheiro das vendas no município. Além disso, Ricardo Nicolino ressaltou que o jovem admitiu ter sido o autor dos tiros contra o escritório do advogado.
“Há informações de que o autuado foi o autor dos disparos, na noite anterior, contra um escritório de advocacia nesta cidade, e que a motivação teria sido um serviço contratado pela facção”, consta do documento.
Drogas e munições
Consta do processo que foram encontradas com o suspeito oito munições calibre .40, uma porção de cocaína, quatro tabletes de maconha, um invólucro pequeno de substância semelhante à maconha e R$ 6.269,00 em espécie.
Leia Também - Presidente da OAB/MT repudia ataques contra advogado e afirma que solicitou proteção policial