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Penal Quarta-feira, 24 de Julho de 2024, 11:36 - A | A

Quarta-feira, 24 de Julho de 2024, 11h:36 - A | A

Internada no PS/VG

Detenta trans agredida em penitenciária é transferida para UTI após decisão judicial

Vítima aguardava vaga na UTI desde segunda-feira (22), quando foi agredida a pauladas e teve o crânio esmagado

Nicolle Ribeiro/ VGN Jur

O juiz da 1ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Várzea Grande, Vara da Saúde, Agamenon Alcântara Moreno Júnior, determinou na noite de terça-feira (24.07) que a paciente Gabriela Varconti fosse transferida para uma Unidade de Tratamento Intensiva (UTI), em até 48 horas, para o tratamento conservador de traumatismo cranioencefálico de grau leve.

Após a determinação, vítima conseguiu vaga na UTI do Pronto-Socorro de Várzea Grande.

Gabriela Varconti, 37 anos, foi brutalmente agredida por cerca de cinco homens na segunda-feira (22.07) em uma ala LGBTQIA+ do bloco de trabalhadores do Centro de Ressocialização Industrial Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande.

A decisão levou em conta o artigo 196, que estabelece de maneira precisa que "a saúde é direito de todos e dever do Estado". Entende-se que a reeducanda foi classificada como risco de prioridade 0, ou seja, emergência com necessidade de atendimento imediato e, devido ao perigo da demora, foi exigido a transferência da paciente para uma UTI tipo II.

Após a homologação da decisão, Gabriela foi transferida para UTI no próprio Pronto-Socorro de Várzea Grande, local para onde foi conduzia depois das agressões. Ela sofreu lesões na face e teve seu crânio esmagado. Além das pauladas, Gabi teria sido esganada, o que ocasionou edemas no pescoço. 

Entenda o caso

Gabriela Varconti, 37 anos, mulher transexual e detenta do no Centro de Ressocialização Industrial Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, foi espancada a pauladas dentro da unidade prisional na tarde de segunda-feira (22.07) e precisou ser encaminha às pressas para o Pronto-Socorro de Várzea Grande.

Segundo informações obtidas pelo , dois detentos envolvidos no espancamento contra a detenta foram conduzidos à Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar esclarecimentos. Uma testemunha também foi ouvida.

Gabriela foi surpreendida por um grupo de pessoas com os rostos cobertos. Detentos envolvidos na agressão haviam abaixado as câmeras do corredor do complexo para acobertar autores do crime. Leia matéria relacionada - Detentos abaixaram câmeras antes de espancamento de mulher trans em VG

Segundo relatado pela testemunha, Gabriela era conhecida como “X9”.

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