O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Gilberto Giraldelli, acolheu o pedido da defesa e revogou a prisão do vereador de Várzea Grande, Pablo Pereira (União), apontado como um dos envolvidos no suposto esquema de corrupção ligado à Diretoria Comercial do Departamento de Água e Esgoto (DAE/VG). A decisão é desta segunda-feira (23.09).
Conforme documento, o desembargador concedeu parcialmente a ordem de habeas corpus ao vereador Pablo somente para substituir a prisão preventiva pelas medidas cautelares de monitoramento eletrônico por tornozeleira eletrônica e proibição de acessar, não só as dependências do DAE/VG, como também, quaisquer órgãos públicos da estrutura municipal de Várzea Grande.
Além do parlamentar, o ex-diretor comercial do DAE, Alessandro Macaúbas Leite de Campos e outros ex-servidores da autarquia foram alvos da operação Gota d’Água, deflagrada na manhã de sexta-feira (20) pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor).
O vereador foi preso na sexta (20), e o juiz do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), João Bosco Soares da Silva, converteu a prisão do parlamentar em preventiva.
Pablo Pereira estava detido no presídio de Rondonópolis, a 212 km de Cuiabá.
Outro lado
Em nota, a defesa do vereador de Várzea Grande, Pablo Pereira informou que "pedido de habeas corpus" é acatado e vereador é colocado em liberdade. Os advogados de defesa do vereador de Várzea Grande, Pablo Pereira, comunicam à imprensa que o parlamentar obteve sua liberdade na tarde desta segunda-feira (23/09), após decisão favorável do Tribunal de Justiça.
Segundo os advogados Rodrigo Araújo e Michel Pereira, a libertação do vereador ocorreu após o julgamento do habeas corpus (HC) impetrado pela defesa, que contestou a decisão anterior de prisão preventiva. A referida prisão havia sido decretada em razão de uma suposta participação em um esquema de corrupção no Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG). A ordem de soltura foi concedida pelo desembargador Gilberto Giraldelli.
Em nota, a defesa esclarece que o Tribunal de Justiça considerou desnecessária a manutenção da prisão preventiva para o prosseguimento das investigações, que permanecem em sigilo. Em substituição à prisão, foram impostas medidas cautelares. O desembargador, após criteriosa análise do processo, entendeu que essas medidas são suficientes para garantir o andamento regular do caso, permitindo que Pablo Pereira responda às acusações em liberdade, sem comprometer as investigações.
Os advogados também ressaltam que estão confiantes de que a verdade prevalecerá e que a inocência de Pablo Pereira será plenamente comprovada. "Continuaremos trabalhando com dedicação para demonstrar que o vereador não participou dos atos ilícitos que lhe foram atribuídos", finaliza a nota."