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Penal Terça-feira, 15 de Outubro de 2024, 10:16 - A | A

Terça-feira, 15 de Outubro de 2024, 10h:16 - A | A

julgamento

Autor de chacina premeditou o crime e desdenhou das vítimas: “Todos eram vagabundos”

Autor da chacina disse que não era para matar adolescente de 12 anos

Lucione Nazareth/VGNJur

O investigador da Polícia Civil, Wilson Cândido de Souza, afirmou nesta terça-feira (15.10) que Edgar Ricardo de Oliveira, autor da chacina ocorrida em fevereiro de 2023 no município de Sinop, premeditou o crime e que perdeu a partida de sinuca de propósito. O policial foi responsável pelas investigações que resultaram na prisão de Edgar.

No depoimento, o investigador revelou que cerca de 1 hora após o crime os investigadores conseguiram identificar os autores, e que receberam informação de que eles teriam fugido em uma caminhonete de propriedade de Edgar Ricardo.

Wilson Cândido citou que as esposas dos acusados teriam ajudado os companheiros na fuga, assim como relatou sobre o confronto policial que resultou na morte de Ezequias Souza, e todo o procedimento realizado pela prisão de Edgar Ricardo – que se entregou à polícia.

O policial detalhou o que o acusado teria dito aos policiais durante o caminho até a delegacia de Sinop: “Nós perguntamos a ele por que tinha feito isso. Ele disse que todos não valiam nada. Todos eram vagabundos. Todos eram farinha do mesmo saco. [...] Mas ele disse que a menina [Larissa de Almeida] não era para matar”.

Segundo ele, Edgar chegou a declarar que o proprietário do bar, Maciel Bruno de Andrade Costa (morto na chacina), fazia “jogada combinada” com outros jogadores, lesando terceiros.

No dia do crime, o investigador afirmou que Edgar teria premeditado em matar as pessoas no bar, pelo fato das imagens de câmera de segurança do estabelecimento mostrarem que ele perdeu a partida de sinuca de propósito, e que logo em seguida “enquadra” as vítimas e efetuou disparos contra os mesmos com ajuda de Ezequias Souza.

“O que mais me causa estranheza é a frieza dele: fumando cigarro, ele matou as pessoas”, disse o policial, que acabou sendo advertido pela juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, da 1ª Vara Criminal, que preside o Tribunal do Júri.

No depoimento, ele disse que na verificação das imagens das câmeras não foi detectada qualquer desavença entre as vítimas e os atiradores. “O que nós chegamos à conclusão enquanto investigadores é que todo o desfecho foi pela perda do jogo. O que nós acreditamos que foi pelo prejuízo material no dia anterior, manhã anterior”, citando que Edgar teria perdido a quantia de R$ 4 mil no jogo – conforme relatado por Raquel Gomes de Almeida, esposa da vítima Getúlio Rodrigues Frazão, o qual jogou com o acusado.

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