Há mais de uma semana o governo do Estado de Mato Grosso não consegue dar uma resposta efetiva sobre o paradeiro do assassino do sargento da Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT), Odenil Alves.
Em tempos em que as facções criminosas se infiltraram no poder político - situação demonstrada pelas operações Ragnatela e Apito Final, da Polícia Federal - a dificuldade do governador Mauro Mendes (União Brasil) de dar uma resposta a altura ao que se transformar o crime organizado no estado parece cada vez mais saltar aos olhos.
Mendes foi eleito com o discurso de "tolerância zero" contra criminosos, mas foi afrouxando suas falas até considerar instalar ar-condicionado em celas de presídios do Estado.
Enquanto isso, as facções cresciam, cresciam, cresciam e foram tomando conta da maioria dos espaços de poder de Mato Grosso até que, de repente, conseguiram matar um policial militar a luz do dia, na frente de todos. As facções chegaram ao ponto de não apenas matar policiais como também de continuarem impunes por isso: Raffael Amorim de Brito, de 28 anos, suspeito de matar o sargento Odenil, segue livre, leve e solto. Diferente dos cidadãos de Mato Grosso, presos em suas casas, com medo por seus familiares e entes queridos.