A corrida pelo Senado em Mato Grosso, marcada para 2026, já começa a pegar fogo nos bastidores — e promete ser uma disputa tão fragmentada quanto estratégica. O tabuleiro está montado com peças que se movem em silêncio ou com estardalhaço, mas todas com um só objetivo: conquistar o cobiçado posto no Congresso.
Nomes de peso como Janaina Riva, José Medeiros, Mauro Mendes, Carlos Fávaro já ensaiam seus passos. E não se pode esquecer Jayme Campos, que ainda avalia se entra para defender a reeleição — ou candidatura ao governo de Mato Grosso. Por fora, corre Antônio Galvan e o ex-governador Pedro Taques, que tem os nomes ventilados.
Pedro Taques e Antônio Galvan podem assumir o papel de "francos atiradores", mirando justamente aquele que tende a ser o alvo mais vistoso da temporada: o governador Mauro Mendes. Aliás, há quem aposte alto que Mendes sequer irá até o fim, especialmente se obras simbólicas como o BRT continuarem emperradas — o que daria munição pesada à oposição.
Entre as ameaças à tranquilidade do Palácio Paiaguás está Janaina Riva (MDB), que, segundo fontes próximas à cúpula emedebista, pode ser o verdadeiro pesadelo de Mauro. Seu nome circula com força e, se confirmar a candidatura, pode desestabilizar até mesmo alianças já costuradas.
Já José Medeiros, ex-senador e atual deputado federal, aposta no bolsonarismo raiz e mantém viva uma base de direita fiel — ele pode herdar parte expressiva do capital político de Bolsonaro no Estado, especialmente num cenário em que o ex-presidente siga em baixa ou inelegível.
O ministro Carlos Fávaro, senador licenciado, é um forte concorrente e se articula com habilidade. Pode garantir uma das vagas, se consolidando como o nome de consenso entre o centro e a esquerda.
O jogo está lançado. E, como num bom xadrez político, o que parece óbvio hoje pode ser uma armadilha bem montada. Nos bastidores, reina a máxima: quem mexe cedo demais, vira alvo fácil. Mas quem esperar demais... pode ficar sem cadeira.
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