Os professores das universidades e institutos federais decidiram rejeitar nesta segunda-feira (27.05) um acordo com o Governo Federal e dar continuidade à greve da categoria. A informação é do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
Com a decisão, professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), seguem em greve por tempo indeterminado.
Na semana passada, o Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por meio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, havia informado sobre o encerramento das negociações com os grevistas, e que aguardava assinar um acordo com os representantes da categoria em reunião nesta segunda (27).
O Governo ofereceu proposta, durante a Mesa de Negociação, de conceder reajuste em duas parcelas, janeiro de 2025 e maio de 2026, que variam de 13,3% a 31,2% até 2026. Com isso, os professores no nível inicial da carreira passariam a receber R$ 13.753 e no final da carreira (professor titular) o salário seria de R$ 26.326.
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“Após consulta às bases, com resposta de 60 assembleias, a assinatura do termo de acordo proposto pelo governo foi rejeitada por 58 assembleias, sendo que 44 assembleias apontaram que o ANDES-SN deve apresentar uma contraproposta e 37 indicaram elementos para compor essa minuta”, diz entidade em nota.
No documento afirma que será protocolado no Ministério da Gestão e da Inovação, ainda hoje, uma contraproposta com novas reivindicações dos servidores, entre elas a de recomposição salarial: percentuais de 3,69% em agosto de 2024; 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio 2026, tendo em “vistas à recomposição parcial das perdas salariais e sem prejuízo de negociação ulterior de outras perdas”.
Além disso, a categoria reivindica ainda instituição de uma mesa de negociação permanente para discussão da carreira; criação de uma mesa nacional permanente de educação para discussão de orçamento - uma forma de reivindicar a recomposição orçamentária para as Instituições Federais de Educação (IFEs) no patamar mínimo de R$ 2,5 bilhões em 2024.