Senadores criticaram nesta sexta-feira (19.01) atuação do ministro Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nas ações envolvendo os atos antidemocráticos do 8 de Janeiro, e defendem a suspeição do magistrado. As declarações ocorreram após operação da Polícia Federal contra o deputado federal, Carlos Jordy (PL).
O parlamentar foi alvo nessa quinta-feira (18.01) da 24ª fase da operação Lesa Pátria que busca identificar pessoas que tenham planejado, financiado e incitado atos antidemocráticos.
Em nota conjunta, oito senadores da oposição afirmam as declarações do ministro Alexandre de Moraes, nas quais ele se apresenta como vítima de ameaças, “levantam sérias dúvidas sobre sua capacidade de manter a imparcialidade necessária em tais processos”.
Ainda segundo eles, a atuação de Moraes é “questionável”. “Ele não tem imparcialidade para os processos dos atos do 8 de Janeiro, é supostamente vítima, investigador e julgador. Ele comenta e concede entrevistas sobre processos que estão sob julgamento e opina sobre fatos ainda não julgados”, sic nota.
Ao final, os congressistas defenderam a suspeição de Moraes no julgamento das ações. “A postura republicana esperada seria o próprio ministro tomar a iniciativa de se declarar suspeito para julgar os atos de 8 de janeiro, com a grandeza de quem, de fato, busca a pacificação do país e está disposto a virar essa lamentável página da história brasileira, cumprindo a lei e agindo na defesa da Constituição”, diz a nota.
Importante destacar que assinaram a nota, os senadores Rogério Marinho (PL), Ciro Nogueira (PP), Flávio Bolsonaro (PL), Carlos Portinho (PL), Tereza Cristina (PP), Mecias de Jesus (Republicanos), Izalci Lucas (PSDB) e Eduardo Girão (Novo).
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