Empresárias, mulheres inspiradoras e líderes de destaque, entre elas, Lú Alckmin, ex-primeira-dama de São Paulo e esposa do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, reuniram-se na quinta e sexta-feira (29 de fevereiro e 1º de março), no Centro de Eventos Complexo Brasil 21, em Brasília, no evento intitulado "Movimente: Mulheres Criativas Quebrando Barreiras".
Idealizado por Rose Rainha, superintendente do Sebrae do Distrito Federal, o encontro teve como pauta o empreendedorismo feminino. O público também foi agraciado com o show da cantora Alcione, na abertura do evento.
Na abertura, a embaixadora da Dinamarca no Brasil, Eva Pedersen, a Adida Comercial da Embaixada do Quênia, Beatrice Kinyua, e Paula Tavares, Senior Legal and Gender Specialist no Banco Mundial, discutiram os "Desafios e Oportunidades para o Empreendedorismo Feminino", destacando o financiamento como uma das principais barreiras.
Uma pesquisa realizada pelo Sebrae de Brasília revelou que a maioria das mulheres empreende pelo "desejo de ter independência e autonomia", contudo, enfrentam diversas barreiras, que vão desde a dificuldade para iniciar um negócio, falta de segurança, políticas de incentivo, tripla jornada e transporte inadequado.
Rose Rainha explicou que, a partir dos resultados, o Sebrae foca em quatro eixos: Empreendedorismo e Inovação; Saúde da Mulher; Consciência Social e Vulnerabilidade. "Formamos um fórum com 80 participantes de diversos segmentos para debater esses eixos. Desse debate, extrairemos uma proposta a ser entregue ao governador do DF, Ibaneis Rocha, visando a implementação de políticas públicas eficazes para o empreendedorismo feminino", revelou Rose Rainha.
Um dos destaques do evento foi a compartlhamento de experiências de Lú Alckmin sobre o projeto "Padaria Artesanal", criado durante sua gestão como primeira-dama de São Paulo e agora instituído em Brasília. Este projeto de ação social visa à qualificação profissional e à formação de agentes multiplicadores em panificação.
Lú Alckmin contou que o projeto iniciou em 2000, motivado pelo relato de mulheres carentes da periferia de São Paulo, sobre a falta de alimento. "Em 2001, como voluntária do Fundo Social de São Paulo, iniciei o projeto, que qualificou mais de 100 mil pessoas e implantou 10 mil padarias artesanais, incluindo 5 mil em escolas. Ao chegar a Brasília, busquei expandir o projeto nacionalmente." Sua mensagem sobre o valor do altruísmo emocionou o público, especialmente ao relembrar a perda de seu filho.
O encerramento contou com a participação da apresentadora Ana Hickmann, que compartilhou sua trajetória pessoal e alertou sobre a "violência patrimonial", enfatizando a importância de as mulheres se informarem antes de assinar documentos ou delegar a gestão financeira ao companheiro.
Leia também - Ministra da saúde convoca MT para Dia D contra a dengue