O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou , nesta quarta-feira (05.12), que a Meta, empresa controladora do Facebook, entregue, em um prazo de 48 horas, um vídeo previamente deletado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
O conteúdo compartilhado em janeiro sugeria, sem apresentar evidências, que o STF e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teriam manipulado as eleições de 2022. A decisão também estabelece uma multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento por parte da Meta.
A medida foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na última segunda-feira (04). O órgão argumentou que, apesar de Moraes ter emitido a ordem em janeiro e reiterado em agosto, o vídeo ainda não foi entregue.
Em agosto, a Meta informou ao STF que não poderia cumprir a determinação devido à exclusão do vídeo por Bolsonaro antes da decisão judicial. Além disso, alegou não ter sido notificada da primeira decisão em janeiro, sendo informada apenas da reiteração em agosto.
O vídeo em questão é peça-chave em uma investigação que envolve Bolsonaro em relação à incitação de atos golpistas. A empresa afirmou que não recebeu ofício ou intimação da decisão de janeiro e que o vídeo não foi preservado, pois não havia obrigação legal ou judicial nesse sentido.
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