Em meio a greve de vários setores do funcionalismo público, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta terça-feira (23.04), o direito dos servidores de fazerem greve e assegurou que o governo federal "irá negociar com as categorias", garantindo que "ninguém será punido" no Brasil por exercer esse direito fundamental.
O presidente ainda declarou que o governo está preparando reajuste para os servidores, mas que nem sempre a proposta atende aquilo que os sindicatos pedem. “Então, eu acho que é um direito legítimo, só que eles têm que compreender, que eles pedem o quanto eles querem, a gente dá o quanto a gente pode. E aí tudo volta ao normal e eu espero que todo mundo volte a trabalhar”, afirmou.
As declarações foram dadas em um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Lula enfatizou o compromisso do governo em normalizar a situação das carreiras públicas. Segundo ele, medidas como a realização de concursos públicos e a regularização das carreiras já estão em andamento.
“A gente está fazendo muito concurso, a gente quer fazer uma regulação das carreiras e as coisas aos poucos vão entrar no eixo”, declarou.
No pronunciamento, Lula afirmou que pretende negociar com todas as categorias afetadas e destacou a importância do direito de greve, ao mesmo tempo em que indicou que o reajuste concedido pode não atender às expectativas dos servidores em greve. Ele reforçou a legitimidade desse direito, destacando sua própria experiência.
"Nós vamos negociar com todas as categorias. Ninguém será punido neste país por fazer uma greve. Eu nasci fazendo greve. É um direito legítimo. Só que eles têm que compreender que eles pedem quanto eles querem; a gente dá quanto a gente pode", finalizou o presidente.
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