A ampliação da Farmácia Popular, com inclusão de mais medicamentos e produtos a serem ofertados à população, e a preocupação com o avanço de doenças como dengue, chikungunya e zika foram abordados pelo senador Jayme Campos (União-MT) junto a ministra da Saúde, Nisia Trindade, nesta quarta-feira, 25. Ela participou de audiência pública conjunto das comissões de Assuntos Sociais e Direitos Humanos do Senado.
Jayme Campos lembrou que, no final de agosto, cerca de 7.600 beneficiários do Bolsa Família em Mato Grosso, foram atendidos pelo programa Farmácia Popular. Na ocasião, foram distribuídos mais de 1,4 milhão de medicamentos e fraldas geriátricas de forma gratuita. “Isso representa um progresso, mas ainda é necessário ampliar o programa” – disse o senador.
A Farmácia Popular, segundo Jayme Campos, precisa chegar, especialmente, nos municípios de maior vulnerabilidade social do Estado. Ao mesmo tempo, é preciso também incluir outros medicamentos e produtos na cesta de distribuição. Ele ainda lembrou que, além das 11 doenças atacadas pelo programa, existem outras enfermidades que devem ser incluídas na rede de atendimento.
Em resposta, a ministra da Saúde reafirmou a disposição do governo federal em avançar no projeto da Farmácia Popular, associando fundamentalmente a gratuidade aos beneficiários do Bolsa Família. Ela disse que a principal preocupação do Ministério este ano foi de retomar os atendimentos farmacêuticos, inclusive atendendo apontamentos do TCU. “Vamos continuar trabalhando para ampliar o acesso àquelas pessoas e famílias que mais precisam” – disse a ministra.
De acordo com o Painel de Monitoramento das Arbiviroses, Mato Grosso registrou até o dia 10 de outubro um total de 26.442 casos de dengue e 257 de chikungunya. A zika atingiu 487 pessoas no Estado. Juntas, as três doenças causaram 17 mortes.
A pedido do senador Jayme Campos, a ministra também fez atualização sobre o estágio de desenvolvimento de imunizantes contra as arboviroses, doenças transmitidas por insetos e aracnídeos. Nísia Trindade informou que o Ministério já fez a regularização dos inseticidas usados para controle de larvas e vem atuando no reforço da vigilância de doenças. “Temos um desafio gigante” – disse ela, ao destacar questões de mudanças de comportamento de vetores no tocante a geografia e sazonalidade.
Para a vacina da dengue, a ministra disse que a vacina da Takeda enfrenta limitações para atendimento da demanda do SUS, mas que a questão vem sendo enfrentada em busca de uma melhor solução. Ela enfatizou que o Instituto Butantã também trabalha no desenvolvimento de uma vacina para essa doença. Já sobre a chicungunya, informou que não há qualquer imunizante aprovado.
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