Durante seu discurso no 6º Brasil Investment Forum (BIF) em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um apelo ao público para a aprovação da reforma tributária, que está sendo votada nesta terça-feira (07.11) pelos senadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A CCJ é a última instância antes da votação do tema no Plenário do Senado, e a expectativa é que a votação tenha um parecer favorável e seja encaminhada ao plenário ainda nesta semana.
"Se alguém aqui conhece um senador, não perca a oportunidade de dar um telefonema para esse senador hoje e fazer um apelo. Não se trata de governo e oposição, não se trata de PT e PL, não se trata disso. É uma coisa geracional que vai produzir por décadas os efeitos, não pode ser objeto de polarização política nesse nível que está se propondo. Não se fecha questão contra uma reforma tributária", declarou Haddad.
Segundo o ministro, o Brasil deseja uma mudança na cobrança de impostos há cerca de 40 anos e destaca que o País nunca fez uma reforma tributária de "forma democrática". Com esse apelo, Haddad convoca o público a conversar com seu senador e requerer que coloquem os interesses do País em primeiro lugar.
"Diga para ele colocar a disputa partidária de lado hoje e colocar interesses do país em primeiro lugar. Será um grande dia se nós fizermos isso", declara Haddad.
O ministro também afirmou que é o Legislativo quem decide a aprovação dos temas, como a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), sendo o caso da reforma tributária. "Vocês sabem que não é o Executivo quem dá a última palavra", pontua.
A votação do texto da Reforma Tributária iniciou na manhã desta terça-feira e, se aprovado, deve ir na quarta-feira (08) ou na quinta (09) para análise pelo plenário. Depois, deve retornar para uma nova rodada de votação na Câmara dos Deputados.
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