O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta sexta-feira (19.04) uma contraproposta a técnicos e servidores da educação para 2025 e 2026 em numa nova mesa de negociação.
Para o ano que vem, o governo aumentou a proposta de reajuste de 4,5% para 9%. E para 2026, saiu de 4,5% para 3,5%. Além disso, os pagamentos já seriam feitos em janeiro de 2025, não em maio, como é praxe.
Por outro lado, os ministérios da Educação e da Gestão e Inovação reafirmaram que não tem como conceder um reajuste salarial ainda em 2024 por conta da falta de espaço fiscal no orçamento.
O governo também acolheu a maioria dos pedidos para reestruturação da carreira. Apesar contraproposta apresentada, os representantes dos servidores decidiram manter a greve, enquanto discutem o que foi apresentado com as bases.
A reunião ocorreu no Ministério da Gestão e Inovação, com integrantes do governo. Em frente à sede da pasta estavam integrantes da categoria de vários Estados, em protesto.
O que foi garantido aos servidores para este ano segue dentro dos benefícios, como o de alimentação passando de R$ 658 para R$ 1 mil, e um aumento médio de 51% nos de saúde e creche, que variam de acordo com a categoria dos técnico-administrativos.
No entanto, a dirigente do Sindicato dos Técnicos Administrativos da UFMT (Sintuf), Leia Oliveira, destaca que essa proposta de reajuste no auxílio-alimentação não contempla os servidores aposentados. Por isso, ela reforça a importância da mobilização da categoria para pressionar o governo a apresentar ainda este ano uma proposta de reajuste que também beneficie os aposentados.