O Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por meio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, marcou para a próxima segunda-feira (03.06) uma reunião com as entidades que representam os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), para assinar um acordo e encerrar a greve.
Nessa segunda (27.05), o Governo informou que fechou acordo com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes) para concessão de reajuste salarial aos professores federais a partir de 2025. A entidade representa docentes das universidades federais de Goiás e Santa Catarina.
De acordo com nota do Governo, a medida marca o encerramento das negociações com os professores das universidades e institutos federais que estão em greve desde abril deste ano.
O Governo apresentou reajuste em duas parcelas, janeiro de 2025 e maio de 2026, que variam de 13,3% a 31,2% até 2026. Com isso, os professores no nível inicial da carreira passariam a receber R$ 13.753 e no final da carreira (professor titular) o salário seria de R$ 26.326.
Ao aceitar a proposta, a Proifes afirmou que o acordo traz a previsão do reajuste de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026 e reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira. O acordo prevê ainda a substituição das Classes A/D I e B/D II por uma Classe de Entrada, o que torna a carreira mais atrativa.
“Os percentuais de reajuste acordados e as mudanças de carreira devem gerar, nos próximos dois anos, reajustes que podem chegar a 17,6%, para titulares, e a 31,2%, para ingressantes. Isso porque, além do indicador linear e das alterações no início da carreira, ocorrerá o aumento nos degraus (steps). Com isso, a carreira começará a partir dos atuais BII, do Magistério Superior, e DII 2, do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT)”, diz trecho da nota da Proifes.
Porém, o acordo desagradou o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) – o qual faz parte os professores da UFMT -, e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) – o qual integra as docentes da IFMT.
Diante disso, o Ministério da Gestão marcou uma nova reunião para o próxima segunda com os membros das duas entidades para tentar chegar a um acordo e encerrar a greve de maneira geral.
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