O governo federal apoiou o empréstimo de US$ 960 milhões (R$ 4,74 bilhões) do CAF, banco de desenvolvimento da América Latina e Caribe, para a Argentina. Financiamento será usado para que o país vizinho pague o FMI. A Argentina passa por grave crise econômica.
O empréstimo foi aprovado pela diretoria do CAF nesta sexta-feira (15.12). O Brasil tem direito a um voto, dos 21 possíveis. Os outro cinco países (Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela) têm dois votos.
É de interesse do Brasil que a Argentina não aprofunde a crise econômica, mas o gesto também faz parte de uma tentativa de Lula de mostrar que as relações com Javier Milei, político ultraliberal, podem ser pragmáticas e visando uma boa relação dos dois países.
Até então, havia um clima de desconfiança do lado brasileiro. Isso porque durante a campanha eleitoral Milei disse que não negociaria com o presidente Lula e chamou o mandatário brasileiro de "corrupto" e "comunista".
Desde que foi eleito, o ultraliberal mudou de postura. O principal passo de conciliação foi a decisão de Milei de enviar a então futura chanceler argentina, Diana Mondino, a Brasília. Na ocasião, Mondino entregou um convite para que o chefe do Executivo brasileiro comparecesse à posse em Buenos Aires.
Mesmo com o gesto, Lula decidiu não comparecer à cerimônia de posse e enviou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, como representante do Brasil.
Leia Também: Câmara aprova reforma tributária em 1º turno; saiba como votou cada deputado de MT