Defendendo que "Criança não é mãe, e estuprador não é pai", mais de 900 mil pessoas votaram contra o Projeto de Lei nº 1904/2024, que propõe equiparar o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples, inclusive nos casos de gravidez resultante de estupro.
Conforme enquete realizada pela Câmara dos Deputados, 1.476.251 pessoas interagiram, sendo que 929.454 (88%) discordam totalmente, alegando que o PL é misógino e tenta criminalizar mulheres que recorrem à interrupção da gravidez como último recurso. "O aborto é uma questão de saúde pública e não religiosa. As mais penalizadas são as mulheres pobres, que não dispõem de recursos para pagar clínicas seguras."
Concordam com a proposta apresentada pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e outros 32 parlamentares, 113.678 pessoas. Entre os poucos comentários, a população concorda totalmente, justificando que o bebê irá pagar por um crime que não cometeu. "É um feto ainda não desenvolvido, que não sente dores e nem sabe o que está acontecendo."
Ainda, conforme o resultado, 4.697 discordam na maior parte, 3.422 concordam na maior parte e 427 pessoas estão indecisas.
O projeto tramita em regime de urgência e pode ser votado diretamente no Plenário, sem passar antes pelas comissões da Câmara.
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