O pastor evangélico Silas Malafaia, um dos organizadores do ato pró-Jair Bolsonaro (PL) que ocorre neste domingo (21.04), na Praia de Copacabana, fez ataques diretos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes e contra o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Malafaia subiu o tom chamou Moraes de “ditador” e disse que o ministro representa “risco a democracia”. Ele também não preservou Pacheco, a quem chamou de “covarde” e “frouxo”. “Você vai ser acusado de prevaricação”, disse Malafaia, ao pedir que os apoiadores de Bolsonaro pressionem os senadores para abrir um processo de impeachment contra Moraes.
O pastor afirmou que Moraes, ao assumiu o inquérito das Fake News, teria introduzido na legislação o “crime de opinião”.
“Na democracia ninguém tem medo de falar. Na ditadura eles não têm medo de calar o povo. Na democracia a opinião é livre, na ditadura a opinião é crime”, disse. Em um alinhamento com a sustentação de censura feita pelo dono do X (antigo Twitter), Elon Musk, Malafaia disse que Moraes cerceou deputados.
Elogios a Musk
Logo depois de Malafaia, Bolsonaro subiu ao trio elétrico e não mencionou nominalmente o STF e nem Alexandre de Moraes. O ex-presidente, no entanto, atacou o governo Lula e pediu uma salva de palmas a Elon Musk, dono do X, que abriu confronto com Moraes nas redes sociais nas últimas semanas.
“Musk é um homem que realmente preserva a liberdade, que teve a coragem de mostrar, já com algumas provas, para onde nossa democracia estava indo. Mostrou o quanto de liberdade nós já perdemos. Nas ditaduras não há liberdade”, afirmou o ex-presidente.
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