Os deputados federais Luciene Cavalcante (Psol-SP), Erika Hilton (Psol-SP) e Henrique Vieira (Psol-RJ), protocolaram no Ministério Público Federal (MPF) pedido de investigação pela prática de “cura gay” contra a Igreja Assembleia de Deus de Rio, de Goiás.
De acordo com o pedido, a prática de conversão sexual ministrada pelo retiro Maanaim, sob direção da Assembleia de Deus, é apontada como uma das causas que levaram a morte da influenciadora Karol Eller, 36 anos, na última sexta-feira (13.10).
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Os deputados apontaram que a prática tipificada como ‘cura gay’ é vedada pela Resolução nº 1999 do Conselho Federal de Psicologia, uma vez que a bissexualidade e a homossexualidade não constituem doença e nem distúrbio.
Ainda segundo eles “os tratamentos de cura gay são verdadeiras práticas de tortura e agressão à toda a população LGBTQIAPN+, cuja orientação sexual ou designação de gênero são características inerentes a cada sujeito”.
“Ante o exposto, serve a presente para solicitar deste Órgão a apuração dos fatos narrados com a devida investigação da prática de cura gay pelos Representados e demais entidades, profissionais, grupos e empresas em atividade no Brasil, com as medidas cabíveis para a devida ação de tutela coletiva e a devida ação penal pública pelos crimes de homotransfobia, tortura psicológica e incitação ao suicídio pelas autoridades religiosas”, diz trecho do pedido.