A deputada federal, Sâmia Bomfim (Psol-SP), anunciou nessa terça-feira (24.10) que se licenciou das atividades parlamentares por tempo indeterminado por conta da morte do irmão, o médico Diego Ralf de Souza Bomfim, no começo do mês no Rio de Janeiro.
A parlamentar divulgou nota publicada nas redes sociais sobre o afastamento. “Em decorrência da situação, Sâmia encontra-se em licença de suas atividades parlamentares, por tempo indeterminado”, diz a nota.
Ela afirmou que o seu mandato parlamentar seguirá trabalhando, em Brasília e São Paulo, e que busca na Justiça esclarecer as circunstâncias da morte do seu irmão, Diego Ralf, e de outros dois médicos.
“Em Brasília e São Paulo, nosso mandato segue trabalhando e construindo as lutas por justiça social e em defesa dos direitos do povo. A Equipe Sâmia retomará gradualmente as atividades nas redes sociais, a fim de apoiar e dar visibilidade às lutas e demandas sociais com as quais o mandato é comprometido. Seguiremos, incessantemente, na batalha por Justiça por Diego, Marcos e Perseu. Com isso, também fortalecemos a luta por um modelo de sociedade em que o combate ao crime seja feito com inteligência e efetividade e no qual a segurança pública, assim como todas as áreas sociais, seja valorizada e garantida, respeitando os direitos de todas e todos”, sic comunicado.
NOTA OFICIAL
— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) October 24, 2023
A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) agradece novamente toda a solidariedade a ela e sua família diante do assassinato bárbaro de seu irmão, Diego Bomfim, e seus dois amigos e colegas de profissão, Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida. (1/5) pic.twitter.com/vat0sJRYFc
Importante destacar que Diego e outros dois médicos, Perseu Ribeiro de Almeida e Marcos de Andrade Corsato, estavam no Rio para participar de um congresso internacional de medicina, e foram mortos na madrugada do dia 05 deste mês em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, em frente ao hotel em que estavam hospedados. Um outro colega de profissão deles, Daniel Sonnewend Proença, sobreviveu ao ataque e foi internado após o ataque.
No mesmo dia, a polícia encontrou quatro corpos que seriam de supostos traficantes suspeitos de serem os autores do ataque. O governador do Rio, Cláudio Castro (PL-RJ), afirmou que, mesmo após o “pseudo tribunal do tráfico” condená-los, as investigações seguiram para conter o que ele chamou de “máfia” que age na cidade.
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