Mãe solteira de três filhos e moradora do bairro do Porto, em Cuiabá, a empresária Krislaine Pacheco Amorim da Silva, 38 anos, viu sua vida mudar do dia para noite.
Empreendedora no ramo de venda de calçados femininos há 7 anos, Krislaine havia conseguido realizar seu sonho em abrir sua loja física. Vendendo calçados de forma on-line, a empresária juntou dinheiro e montou seu negócio no Shopping Popular, inaugurando seu espaço no dia 15 de junho.
Em uma mês, Krislaine contou ao 
que já havia conquistado uma boa clientela, além daquelas que já tinha firmado ao longo dos 7 anos.
Contudo, a empresária viu seu mundo desabar e o sonho escapar das mãos, na madrugada de segunda-feira, 15 de julho, quando um incêndio de grandes proporções atingiu o Shopping Popular, destruindo as 600 lojas, e tudo que tinha no centro comercial.
A empresária descreveu o episódio como o pior dia da sua vida, pois da loja tirava o sustendo da família. “Era meu alicerce. Eu não tinha ainda nenhum funcionário. Eu quem tudo, gestão, administração, vendas, marketing, tudo, em geral. E hoje me sobrou apenas a chave da minha loja”, desabafou.
Questionada quando surgiu o interesse pela atividade e como pretende se reerguer, Krislaine contou que sempre gostou de calçados, sendo lembrada sempre pela avó, que quando criança ficava sem roupa, mas nunca descalça. “De todas as lojas, as que mais me chamava a atenção era a de calçados femininos. E quando consegui realizar meu sonho, logo veio o choque de perder tudo”, lembrou ela.
Mesmo sabendo que não vai ser fácil um novo recomeço, pois perdeu toda a mercadoria no incêndio, a empresária disse que já estão dando os primeiros passos. Segundo ela, tira forças para trabalhar quando olha para filhos e lembra que o sustento deles depende unicamente dela e de sua atividade comercial.
Krislaine contou que está recebendo doações de lojas da Capital, e assim que tiver tudo organizado, as vendas retornaram de forma on-line, até que seja definido um espaço e a oportunidade de um novo recomeço físico.
A empresária externou, ainda, que deseja acompanhar os lojistas do Shopping Popular para onde a Prefeitura de Cuiabá conseguir um espaço.
“Mesmo ainda sem chão, consigo tirar forças para trabalhar quando olho para meus filhos. Mas ainda penso como ir para uma barraca provisória sem mercadoria. Então espero que todos que ali perderam tudo possam recomeçar e um dia retomar suas vidas normais. Desistir nunca”, expressou a empresária Krislaine Pacheco Amorim.
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