Moradora de Várzea Grande, Catiuscia Xavier Pinheiro, 42 anos, mãe de dois filhos e esposo com Transtorno do Espectro Autista (TEA), se tornou um exemplo de determinação, superação e amor à família. Há 13 anos, após o filho primogênito de 2 anos enfrentar dificuldades de adaptação na escola e com babás, Catiuscia decidiu deixar seu emprego estável em uma multinacional e buscar uma alternativa para gerar renda trabalhando de casa.
Formada em Administração e com pós-graduação em Gestão Empresarial pela FGV, Catiuscia precisou buscar uma alternativa e daí nasceu a ideia de oferecer produtos exclusivos e personalizados, algo que ela sempre valorizou.
“Eu sempre achei lindo algo feito especialmente para a pessoa. Uma vez fiz um pedido pela internet de camisetas para família para passarmos o ano novo todos iguais, mas esses produtos nunca chegaram. Então quando pensei em empreender, já imaginei logo em produtos personalizados”, relembrou.
A empreendedora contou que no início moravam no município de Nova Mutum e depois foram para Sinop, onde a empresa de estampas personalizadas cresceu e chegaram a ter loja física e funcionários.
Contudo, teve seu segundo filho e quando ele tinha seis meses percebeu que ele tinha algumas limitações e resolveram seguri para Várzea Grande, cidade mais próxima de Cuiabá. Na Capital, a família procurou especialistas e recebeu o diagnóstico que o filho mais novo era TEA, assim como o primogênito hoje com 15 anos, e seu esposo com 61 anos, hoje aposentado.
“Após os diagnósticos resolvi não abrir loja física, e sim trabalhar somente em casa para conciliar terapias, escolas, trabalho, casa. Já tive três auxiliares, mas hoje trabalho sozinha. Mas posso dizer que ao longo desses 13 anos conseguimos fidelizar muitos clientes, graças a Deus”, externou a empresária.
Em relação à divulgação de seus produtos, Catiuscia Xavier Pinheiro destacou que o “boca a boca” sem dúvidas é a maior divulgação, mas mencionou que conta também com postagens nas redes sociais e WhatsApp. “Nosso atendimento é diferencial e um cliente passa para outro”.
Ao longo desses 13 anos, a empresária lembrou que seu empreendimento foi a única fonte de renda da família, e hoje, segunda ela, o filho de 15 anos trabalha como menor aprendiz e ainda contam com a aposentadoria do esposo.
“Por decisão minha e do meu esposo, não quisemos ir atrás do benefício do INSS para os nossos filhos porque entendemos que não será um laudo que vai limitar ou paralisar eles. Meu primogênito estuda e quase ninguém sabe que ele é autista, meu outro filho de 7 anos fala muito bem inglês sem ter praticado aulas particulares e meu marido é extremamente inteligente. Então não colocamos limites em nossos sonhos, colocamos DEUS e muita Fé sempre”, finalizou Catiuscia Xavier Pinheiro.
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