Os usuários do MT Saúde estão cansados de sofrerem humilhações nos hospitais quando vão à procura de uma consulta ou exame. Alem de não terem os devidos atendimentos, todo mês o governo do Estado desconta uma quantia dos servidores públicos para “pagar” o serviço.
Essa é uma denúncia de uma servidora que procurou o VG Notícias para relatar o que já passou em busca de atendimento, dizendo que só quer ser atendida com dignidade. A servidora releva que já passou por várias humilhações tentando marcar uma consulta nos hospitais da capital e sequer foi atendida, tendo a informação que o Estado se encontra em débito com vários hospitais.
A operadora do São Francisco, que gerencia o MT Saúde, esteve fazendo uma reunião com os hospitais descredenciados para tentar um acordo com o objetivo de retornar o atendimento aos usuários do plano, porem não teve sucesso.
Em reunião com a provedora da Santa Casa, na última quinta-feira (23-08), o provedor, Luis Felipe Sabóia Ribeiro Filho, e sua equipe administrativa, esclareceram que apesar da gerenciadora estar em dia com seus compromissos mensais, o MT Saúde vem protelando o pagamento de débitos antecedentes ao dia 10 de abril, no total de R$ 226.696,84.
Sabóia ainda diz que sabe como os usuários do MT Saúde estão se sentindo, uma vez que pagam mensalmente e não vêem o retorno, mas esclarece que eles (Hospitais) também precisam receber. De acordo com Sabóia existe a possibilidade de acionar na justiça o presidente do MT Saúde, Gelson Esio Smorcinski, porque quem deve tem que cumprir com seus compromissos ou pelo menos dar uma satisfação.
“O Gelson não atende o telefone, e eu pretendo acioná-lo na justiça, se é ele (Gelson) quem responde pelo plano. Afinal o MT Saúde não é dele, ele apenas tem um cargo público.
Segundo informações, o presidente do MT Saúde, está licenciado por problemas de saúde.
O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Saúde do Estado de Mato Grosso (Sindesmat), José Ricardo de Melo, admitiu que o quadro que se apresenta está fora da normalidade, no sentido de que alguns hospitais realmente não estão atendendo, por conta dos débitos do MT Saúde com os prestadores de serviço. Melo acrescentou que o governo pagou três parcelas – das sete acordadas no parcelamento – bem como parte da quarta, mas ainda é preciso quitar esta vencida em 20/07, além das outras, uma de 20/08 e a última para 20/09. Segundo ele, a questão gerou instabilidade no segmento hospitalar, o que levou ao não atendimento aos usuários. “O MT Saúde perdeu a credibilidade por causa do atraso, e isso abalou toda a estrutura”, concluiu o gestor sindical.
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