Os trabalhadores da Empresa de Correios e Telegráfos (ECT) de Mato Grosso decidiram na manhã desta quarta-feira (09.10), em assembleia geral, encerrar a greve. A greve teve início em 18 de setembro.
A decisão ocorre após uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que determinou nesta terça-feira (08.10), o fim da paralisação nacional e estabeleceu que todos os funcionários dos Correios retornassem ao trabalho nesta quinta-feira (10.10).
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios, Telégrafos e Serviços Postais de Mato Grosso (Sintect/MT), os profissionais retornarão ao trabalho, mas ainda continuarão em estado de greve, porque se houver alguma mudança em relação à proposta do reajuste salarial ou no plano de saúde dos funcionários, o movimento grevista pode ser retomado.
A categoria reivindicava um reajuste salarial de 15%, mais reposição da inflação entre agosto de 2012 e julho deste ano, reposição das perdas salariais desde o plano real. No entanto, TST determinou que a empresa concedesse um aumento de 8%.
Já sobre o plano de saúde, os trabalhadores não querem que o gerenciamento do plano que hoje é administrada pelos próprios Correios, seja repassado para uma empresa privada. Segundo a classe, a empresa que pode assumir o plano, deve cobrar um taxa mensalmente dos funcionários, cobrança esta que hoje não ocorre. Hoje o funcionário só paga ao plano caso utilize o serviço. O Tribunal determinou que o plano de saúde dos trabalhadores se mantenha como é atualmente.
Em Mato Grosso, a manifestação atingiu 20 municípios de Mato Grosso, entre eles Cuiabá e Várzea Grande, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios.
Decisão do Tribunal Superior do Trabalho - O Tribunal Superior do Trabalho (TST) definiu que os Trabalhadores da Empresa de Correios e Telegráfos devem receber um reajuste de 8% conforme acordo firmado com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). O aumento será retroativo a agosto.
O TST determinou um aumento de 8% (referente à reposição da inflação do período, de 6,27%, com ganho real de mais de 1,7%) e de 6,27% para o vale-alimentação, contrariando a categoria que reivindicavam que o reajuste fosse igual no vale-alimentação, mas ficou definido que será seguida a proposta da empresa.
Além disso, os funcionários terão direito ao vale-extra no valor de R$ 650,65, a ser creditado em dezembro, e vale-cultura dentro das regras de adesão ao programa implementado pelo governo federal.
O Tribunal determinou ainda que os empregados compensem os dias parados por duas horas diárias, de segunda a sexta, em até seis meses. A Justiça analisou o caso num processo de dissídio porque não houve acordo entre trabalhadores e a empresa.
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