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Cidades Quinta-feira, 27 de Junho de 2019, 16:37 - A | A

Quinta-feira, 27 de Junho de 2019, 16h:37 - A | A

saúde pública

Suicídio cresce 9,53% em Mato Grosso

Sarah Mendes/VG Notícias

Reprodução

depressão

 

No primeiro semestre do ano foram registrados cerca de sete casos de suicídios em Cuiabá e Várzea Grande, dentre esses, três ocorreram somente no mês de junho e resultaram na morte de moradores varzea-grandenses, com idade média de 22 anos. Em outros dois episódios ocorridos nos meses de janeiro e maio nas mesmas cidades, as vítimas foram socorridas e encaminhadas ao atendimento médico a tempo de evitar a fatalidade.

Em Mato Grosso, com base nos dados repassados pela Secretaria do Estado de Segurança Pública, entre o período de janeiro a abril de 2019 foram  83 casos, dois a mais que no ano passado no mesmo período. Com base no levantamento, somente nos anos de 2017 e 2018, o suicídio vitimou 396 pessoas no Estado. Do ponto de vista nacional, de 2007 a 2016, 106.374 mil pessoas morreram pelo mesmo motivo, segundo o Ministério da Saúde.

“Os frequentes casos de suicídios que ocorreram no município causaram um grande impacto a todos, principalmente a nós que trabalhamos nas unidades de saúde pública. Nos últimos dias notamos um aumento no número de pessoas que chegam até nós com ideações suicidas, seja em decorrência de doenças como depressão, baixa autoestima, casos de violência sexual, situações de vulnerabilidades gravíssimas; são pessoas de todas as idades, desde jovens de 22 ou 23 anos até idosos por volta dos 60”, comentou a psicóloga Janyne Lourenço de Moura.

O ato de findar a própria vida está associado, na maioria das vezes, à depressão, uma doença psiquiátrica crônica que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), afeta 5,8% da população brasileira. Com isso, o Brasil ocupa o primeiro lugar da lista que indica o número de pessoas que sofrem com a doença na América Latina.

De acordo com Janyne, o suicídio é um caso de saúde pública que implica fatores múltiplos, sejam eles biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais, ambientais e, por isso, os profissionais, tanto os que atendem pelo Sistema Único de Saúde, como os que realizam atendimento particular precisam estar preparados para o enfrentamento dessa problemática, principalmente em relação ao suicídio e à promoção da saúde mental. “Esse é um trabalho de todos, dos profissionais de programa de saúde da família (PSF) dos bairros, postinhos de saúde, das escolas”.

Ela ressalta ainda que a prevenção é o ponto mais importante, até para que casos como esses não sejam descobertos já em estados agravados. “Como profissional de saúde pública de várzea grande o que eu tenho a dizer para todos é que devemos falar sobre o suicídio para que deixe de ser um tabu, porque só falando a respeito podemos prevenir”, conclui.

Ajuda: Pessoas que estiverem com problemas emocionais podem procurar o Centro de Valorização da Vida (CVV), que realiza apoio emocional e prevenção ao suicídio. Os atendimentos são realizados por voluntários de forma gratuita. As pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, podem entrar em contato por telefone, email, chat e Skype 24 horas todos os dias.

Você pode conversar com um voluntário do CVV ligando 188 ou, em Cuiabá, também há a opção pelo número (65) 3321-4111. Os dois canais funcionam 24 horas. Outra opção disponível é o atendimento oferecido pelos Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS), que possuem unidades de atendimento nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande.

 

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