O secretário de Segurança Pública do Estado, César Augusto Roveri, disse ao , em entrevista nesta segunda-feira (06.03), que o projeto para colocar câmeras nas fardas policiais ainda é inviável para o Governo de Mato Grosso, pelo fato do projeto ainda precisar de muito estudo, "pois é um assunto difícil e pouco discutido pelo Brasil".
Roveri mencionou que esteve em três reuniões no Ministério da Justiça, em conjunto com os diversos secretários de Segurança do país, mas o assunto não foi discutido durante as reuniões. Ele diz que o alinhamento do projeto será algo nacional, e por isso, o Estado tem dificuldades em implantar o projeto agora.
Conforme o secretário, poucos Estados fazem o uso das câmeras nas fardas dos policiais, e também, por este motivo, é necessário estudo desde os equipamentos que serão usados, até a forma de armazenamento dos vídeos.
“É preciso realizar um estudo técnico, porque não é um assunto pacificado. Existem pouquíssimas unidades da federação que fazem o uso dessas câmeras no fardamento dos policiais. Eu estive três vezes, neste ano, no Ministério da Justiça em reunião com o ministro, com o secretário nacional e com todos os secretários de Segurança do país, e em nenhuma dessas três reuniões, abordamos esse assunto. Mas, isso ainda será tratado para ter um alinhamento nacional, não só no Estado de Mato Grosso”, disse.
César Roveri disse que além de estudarem a eficácia do projeto, também será discutida a parte financeira por necessitar de um grande investimento por parte do Estado, já que, conforme ele, são cerca de 1.150 mil policiais por dia trabalhando para o Estado.
“Esse projeto precisa ser estudado, porque precisa também de um investimento alto do Estado. Nós temos que ter a previsão orçamentária no nosso PTA para execução, afinal de contas, nós estamos falando em torno de 1.100 a 1.150 policiais por dia de serviço no Estado. Então nós teríamos que ter câmeras, software, armazenamento desse material, e pensar se isso vai ser sala cofre, vai ser em nuvem, enfim, temos muita coisa a decidir sobre esse assunto. Não é um assunto simples, precisa de um estudo técnico e tem impacto financeiro para cumprimento desse uso de câmeras”, contou.
Ainda segundo ele, a SESP apoia a iniciativa dos deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) em buscar informações em outros Estados que fazem o uso das câmeras, e destacou que diversos representantes da Secretaria estão fazendo parte desta comitiva.
“Essa ida a outros Estados para estudar esse projeto tem uma comitiva composta, inclusive, por representantes da segurança pública, porque é um assunto que carece de estudos. Nós fazemos questão de acompanhar a Assembleia Legislativa, porque eles estão fazendo um trabalho muito importante em relação ao projeto”, afirmou.
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