A Secretaria de Saúde de Cuiabá, por meio da portaria 053/2020/SMS, publicada nessa segunda (29.06), padronizou o protocolo para distribuição do “Kit Covid” na Capital.
A implantação do Kit Covid, conforme portaria, considerou que a atual situação demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública, a fim de evitar o avanço na disseminação do Covid-19/SARS-COV-2.
O Kit Covid-19 da Capital será composto dos seguintes medicamentos: Azitromicina, Ivermectina e Analgésico/Antitérmico, os quais, segundo portaria, há baixa toxicidade dos medicamentos e estudos recentes mostraram que há eficácia no combate ao vírus, com redução da multiplicação viral do coronavírus.
De acordo com portaria, o Kit Covid será disponibilizado e distribuído nas unidades de Atenção Básica e Secundária (UBS, ESF, UPAs e POLICLÍNICAS) do município de Cuiabá, mediante prescrição médica e disponibilidade dos medicamentos na rede.
A prescrição dos medicamentos contidos no Kit Covid-19 ficará a critério do profissional médico e consentimento do paciente.
“Será disponibilizado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), a ser assinado pelo paciente” cita portaria.
No termo de consentimento, o paciente é informado dos principais aspectos relacionados ao tratamento da COVID-19 com Ivermectina.
Ainda, traz a informação ao paciente de que até a presente data, não há nenhuma medicação que tenha resultado de eficácia e segurança que justifique recomendação para tratamento específico. “A Ivermectina é um medicamento anti-helmíntico, utilizado para tratamento de algumas parasitoses como: estrongiloidíase, oncocercose, filariose, ascaridíase, escabiose e pediculose. Possui eficácia in vitro contra a doença COVID-19 pela capacidade da droga em reduzir a replicação de RNA viral do SARS-CoV-2, ao se ligar as proteínas de transporte celular e impedir a entrada do vírus no núcleo da célula” cita o termo de consentimento.
O TCLE adverte: “Entretanto, existem poucas evidências em relação à sua atividade in vivo. Estamos propondo a você, ou a seu responsável, a utilização da ivermectina, à critério da equipe médica, na dose única de 200 mcg/kg para ajudar no tratamento da COVID-19. Riscos: As reações adversas mais comuns são raras e transitórias como: diarréia, náusea, astenia, dor abdominal, anorexia, constipação e vômitos; ou relacionadas ao Sistema Nervoso Central como: tontura, sonolência, vertigem e tremor. Outros efeitos adversos mais raros são: cefaléia, dor muscular, dispnéia, febre, reações cutâneas, edema de face e membros, hipotensão ortostática, taquicardia, exacerbação da asma brônquica, convulsões, ataxia e parestesia. Alterações laboratoriais também são raras (menos de 1%), mas podem ocorrer: eosinofilia transitória, elevação das transaminases, aumento da hemoglobina, leucopenia e anemia. Contra-indicações: Alérgicos: pacientes com história de alergia ao uso prévio. Doença no Sistema Nervoso Central: como meningite ou outras afecções do Sistema Nervoso Central que possam afetar a barreira hematoencefálica, devido aos seus efeitos nos receptores GABA-érgicos do cérebro. Crianças: Não realizar o tratamento em menores de 5 anos ou com menos de 15 kg. Gravidez: Categoria de risco C, não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Amamentação: Evitar o uso durante a amamentação”.
Ao final, o paciente deve assina a autorização, onde declara que foi esclarecido de que o tratamento proposto é experimental para a doença por ausência de estudos científicos de alta qualidade e que foi orientado sobre os possíveis riscos. “Entendo que não existe garantia absoluta sobre os resultados. Autorizo a realização do tratamento proposto” diz termo que deverá ser assinado pelo paciente.
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