O evento Expolândia 2022, realizado no dia 11 de agosto, no município de Marcelândia (a 639 km de Cuiabá), com direito a shows e rodeios, terminou com a indignação por parte da população e até mesmo de uma vereadora de outra cidade por falas homofóbicas dos apresentadores.
Durante o rodeio transmitido ao vivo pelo YouTube, o apresentador vestido de palhaço, em conversa com o locutor, perguntou se outro saberia qual era a maior alegria e a maior tristeza de um caçador.
Com a negativa do locutor, o palhaço explica: “A maior alegria do caçador é matar uma onça, tirar o couro e estender na sala da sua casa, e a maior tristeza é ter um filho “viado” em casa e não poder matar”.
Indo além, um homem com um figurino de veado aparece desfilando pela arena. Enquanto ele desfila fazendo gestos, no fundo toca a música “ele é veado mais é meu amigo...”.
Ainda durante a encenação, o palhaço fala que vai matar esse “pintado”. Com uma espingarda de brinquedo ele atira, e o homem cai se fingindo de morto. O palhaço ainda se aproxima e direcionando o brinquedo nas partes de baixo do homem fala “furou” e o apresentador responde “o furo é grande”.
Em um vídeo postado na página do Instagram da Prefeitura de Marcelândia, sobre o evento, muitos internautas cobraram da administração um parecer sobre o caso de homofobia. Outra pergunta é se eles vão se fazer de desentendidos.
Confira alguns comentários:
“Queria um posicionamento, até onde eu sei piada é pra ser leve e engraçada e não mórbida e homofóbica”.
“E aí prefeitura de Marcelandia, não vão se posicionar sobre a dois crimes cometidos na maior festa na cidade?”.
“esperava mais de um evento como esse, dê que adianta um evento top com apresentadores preconceituosos!”.
“nojo!!! cade as devidas providências pro show de homofobia e violência animal q vcs permitiram transmitir nesse evento? isso é CRIME”. Entre outros.
A vereadora de Sinop (a 479 km da Capital), professora Graciele (PT), se pronunciou e repudiou o evento, segundo ela, o Circuito Nortão Rodeio Bulls é financiado com verba pública em convênio com a Prefeitura de Marcelândia.
“Atos como esses não são apenas lamentáveis, mas sobretudo inadmissíveis. Tais situações constituem a realidade social que muitas pessoas LGBTQIA+ enfrentam nos espaços sociais pois o machismo, o preconceito e desrespeito à diferença permanecem enraizados nas estruturas de nossa sociedade. Esperamos, sobretudo, que os órgãos competentes investiguem e punam dentro da Lei os responsáveis por essas falas e atos violentos e criminosos contra a comunidade LGBTQIA+”.
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