Os problemas de falta de água, com a baixa captação e alto volume de perdas, devem continuar por pelo menos mais um ano, até que o aumento de captação e a implantação de hidrômetros sejam feitos em Várzea Grande. A informação foi dada pelo engenheiro sanitarista e ambiental da Prefeitura de Várzea Grande, Bruno Leonel Rossi, em entrevista ao VGN nesta terça-feira (25.05).
Os moradores da cidade têm enfrentado a falta d’água nos últimos dias, isso devido a um problema na bomba do sistema de Captação I, que teve que ser substituída por uma bomba reserva no domingo (23).
A previsão é que a bomba nova seja instalada de hoje para amanhã (26). Para instalação, a bomba precisa ser acompanhada pelo técnico da fabricante. Ele justifica que há muitas perdas no sistema de abastecimento. Há perdas “físicas”, quando a tubulação enterrada tem rachaduras e rompimento, deixando a água vazar e perdas “aparentes”, que são mais domésticas, que ocorrem em paredes, por exemplo, e não são muito visíveis.
Para reprimir esses danos, ele justifica que serão instalados hidrômetros para conter as perdas. Cerca de 30 mil hidrômetros já foram licitados para compra. “O DAE está fazendo esses dois serviços: aumentando a produção e tentando combater as perdas”, comenta.
Porém, ele alega que essas soluções vão ser percebidas apenas num prazo de pelo menos um ano, enquanto isso, a população deve estar mais atenta para os cuidados do uso da água.
Veja a entrevista na íntegra: Entrevista com o engenheiro sanitarista da Prefeitura de VG, Bruno Leonel Rossi
O controle do uso de água dos moradores será feito pelo hidrômetro. Segundo Bruno, é através deste mecanismo que se consegue calcular se a residência consome mais água do que deveria, apontando se há problemas no sistema hídrico. “O hidrômetro é conhecido como um freio para o desperdício”, pontua.
Um alívio prévio deve ser sentido pela população com a implantação da Estação de Tratamento e Abastecimento (ETA) Cristo Rei, que ajudará na produção de água com mais 300L/s. Atualmente, a produção total da cidade é de 800L/s. No entanto, a obra deve ficar pronta apenas no segundo semestre de 2021, entre agosto e setembro.
O engenheiro ressalta que a cidade ganhou mais uma ETA do Governo do Estado e que deve colaborar com a situação. De acordo com o engenheiro, as duas ETAs, a nova do Cristo Rei e a do Ulysses Pompeu serão atendidas pelo sistema de Captação I.
“Com a entrada da ETA do Cristo Rei, estes problemas vão pelo menos dar uma amenizada pelo seguinte: vai ter mais água sendo produzida”.
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