A Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso manifestou-se publicamente, neste domingo (10.11), com uma nota de pesar, lamentando profundamente o assassinato de Santrosa, ativista LGBTQIA+ e ex-candidata a vereadora de Sinop (MT), vítima de um crime marcado por extrema violência e brutalidade. Santrosa, 27 anos, foi encontrada morta em uma área de mata na região dos Vilas, com sinais evidentes de violência: o corpo estava decapitado, com mãos e pés amarrados. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está à frente das investigações.
Diante do ocorrido, a Associação da Parada LGBTQIA+ de Mato Grosso acionou o Grupo Estadual de Combate aos Crimes de Homofobia (GECCH), solicitando um acompanhamento rigoroso e a apuração célere do caso, exigindo que os responsáveis sejam identificados e punidos. Em sua nota, a Associação reforça a necessidade de atenção das autoridades para o crescente número de casos de violência que afetam a comunidade LGBTQIA+ no estado, destacando que esse é mais um episódio de brutalidade que reflete a vulnerabilidade e o preconceito enfrentados por essa população.
Além de ativista, Santrosa – cujo nome de registro é Gabriel Santos da Rosa – teve uma trajetória de destaque na política e na cultura local. Candidata a vereadora nas últimas eleições pelo PSDB, a jovem obteve 121 votos, ficando como suplente. Em sua breve trajetória pública, Santrosa usou a política como uma plataforma para reivindicar direitos e combater a discriminação contra a população LGBTQIA+. Ela também era conhecida como cantora, e suas apresentações sempre foram marcadas pela autenticidade e representatividade.
O vereador Adenilson Rocha, ex-candidato a vice-prefeito do município, manifestou seu pesar em redes sociais, lembrando a importância de Santrosa para a comunidade. “É com pesar que recebemos a notícia do falecimento de Santrosa, uma mulher que lutou por seus ideais e pela comunidade. Que Deus conforte os familiares e amigos neste momento de dor”, escreveu o vereador, que também destacou a urgência de respostas e justiça.
Informações preliminares da perícia indicam que o crime possivelmente ocorreu em outro local, e o corpo foi deixado na mata posteriormente. “Observamos ferimentos pelo corpo, os pés amarrados, e a lesão principal é o seccionamento da cabeça do tronco, conhecido como decapitação”, explicou o perito Deusimar Rosa, do Instituto Médico Legal (IML). As investigações iniciais apontam para a possibilidade de envolvimento de uma facção criminosa, uma linha de investigação que ainda está em análise pela Polícia Civil.
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