A Ozonioterapia passou a integrar, nesta semana, a lista das práticas de medicina integrativa e complementar do Sistema Único de Saúde (SUS) e será ofertada de forma gratuita a toda população na rede pública.
Tudo começou em Mato Grosso cuja bandeira foi levantada e defendida pelo deputado estadual Oscar Bezerra (PSB), que inclusive foi responsável pela criação de uma Câmara Setorial Temática (CST) na Assembleia Legislativa, presidida pelo ex-deputado, José Lacerda, em maio de 2016.
Os trabalhos da CST foram encerrados no ano passado, após a conclusão de que a terapia complementar tem concretas evidências para sua implantação formalmente nos tratamentos de saúde como uma alternativa para salvar vidas e reduzir o custo do SUS.
A iniciativa do deputado Oscar Bezerra pelo reconhecimento da alternativa de tratamento e sua inserção no SUS foi inédita em todo o País e abriu abrir portas para o reconhecimento da técnica que já é utilizada em países como Alemanha, Suíça, Áustria, Espanha, Portugal, Itália, China, Cuba, Ucrânia, Rússia, Grécia, Turquia e Egito.
No Brasil, a Ozonioterapia começou a ser adotada na década de 70, mas somente agora foi incluída na lista do SUS.
Ozonioterapia - É uma técnica em que ozônio-oxigênio ou ozônio medicinal é usado como agente terapêutico para um grande número de doenças e patologias.
É uma terapia que contém poucas contraindicações e mínimos efeitos secundários, quando aplicada de maneira correta.
O ozônio medicinal é um elemento que contém propriedades altamente bactericidas, fungicidas e antivirais, com capacidade de estimular a circulação sanguínea e ativar o sistema imunológico do organismo, justificando assim sua possível utilização no tratamento de diversas doenças diferentes.
Entre as doenças e condições de saúde em que a ozonioterapia é indicada, temos:
Dores crônicas, principalmente lombares (relacionadas ou não à hérnia de disco) e de origem articular, em especial artrites e poliartrites crônicas. As propriedades e anti-inflamatórias e reguladoras do sistema imunológico do ozônio medicinal são seu princípio básico da ação.
Problemas circulatórios: frio nos pés ou dores após curtas distâncias de caminhada são sintomas de problemas circulatórios que podem ser corrigidos por meio da ozonioterapia. Neste caso, o ozônio é aplicado como um complemento, em uma combinação com outros tratamentos da medicina clássica.
Feridas infectadas: o tratamento de feridas infectadas é um dos casos clássicos do uso de ozônio medicinal. Inicialmente utilizando de sua característica bactericida e fungicida, a utilização do ozônio visa obter uma ferida limpa e livre de germes, para, posteriormente, com doses mais baixas da mistura gasosa oxigênio-ozônio, acelerar a cicatrização da mesma.
Doenças virais: Doenças virais como herpes simples e herpes zoster, podem ser tratadas com ozônio de maneira satisfatória. Na maioria das vezes, o tratamento é combinado com outros métodos terapêuticos.
Lesões de pele: o ozônio é um elemento altamente eficaz no combate a fungos persistentes, especialmente dos que se alojam nos pés (micoses em unhas), infecções de fungos do tronco ou infecções fúngicas das mucosas.
Doenças oculares: distúrbios circulatórios podem culminar em mudanças atróficas e degenerativas da visão.
Uma pesquisa realizada na Universidade de Siena mostra que, após a infusão do sangue ozonizado do próprio paciente, houve uma melhora na visão com duração de 6 a 8 meses, podendo produzir melhoras adicionais ou impedir uma piora posterior quando continuada.
Doenças malignas (câncer): O objetivo da aplicação do ozônio medicinal é produzir a propriedade imunoativadora da mistura gasosa, gerada quando é aplicada em doses menores.
O tratamento consiste na ozonização do sangue do paciente, que quando é reintroduzido, produz uma cascata de reações imunes positivas, contribuindo para a resistência e bem estar do paciente.
A maioria dos casos de aplicação de ozônio medicinal em pacientes é realizada em séries de até 10 a 12 sessões, com possíveis séries adicionais sendo aplicadas em casos especiais.
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